"Chegamos à democracia e temos que conviver com a manifestação", declarou a petista
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma Rousseff
considerou naturais de uma país democrático os protestos contra ela e o
governo ocorridos nesse domingo (8), mas disse que não há razões para
que o conteúdo dessas manifestações sejam pedidos de impeachment. “Aqui
[no Brasil] as pessoas podem se manifestar. Eu sou de uma época em que
se a gente se manifestasse, acabava na cadeia, podia ser torturado ou
morto. Chegamos à democracia e temos que conviver com a manifestação. O
que nós não podemos aceitar é a violência”, declarou em entrevista a
jornalistas.
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Enquanto o pronunciamento de Dilma à
Nação era exibido, em cadeia nacional de rádio e TV, houve manifestações
em diversas capitais do país, nas formas de panelaço e buzinaço. Pelas
mídias sociais, foram registrados protestos desse tipo em regiões de
Brasília, do Rio de Janeiro, de São Paulo, Belo Horizonte, Goiânia e
Curitiba.
"Acho que há que caracterizar as razões
para impeachment, e não o terceiro turno das eleições. O que não é
possível no Brasil é a gente também não aceitar a regra do jogo
democrático. A eleição acabou, houve primeiro e segundo turno. Terceiro
turno das eleições, para qualquer cidadão brasileiro, não pode ocorrer a
não ser que você queira ruptura democrática. Se se quiser uma ruptura
democrática, eu acredito que a sociedade brasileira não aceitará
rupturas democráticas”, destacou a presidenta.
Ela disse que quem convocar protestos
pode organizar do jeito que quiser. “Ela [manifestação] vai ter as
características que tiverem seus convocadores; agora, ela em si não
representa nem a legalidade nem a legitimidade de pedidos que rompem a
democracia.”
FONTE: JC ONLINE
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