Marília Arraes, pela sua história, pelo seu DNA familiar, tinha tudo para crescer na política e ser uma pessoa de grande nome, sendo uma grande liderança. Carrega o sobrenome "Arraes", é carismática e tem grande apelo popular.
Seu problema é o partido ao qual está filiada. O PT, que em Pernambuco, é comandado pelo grupo do senador Humberto Costa, tem sido um grande obstáculo para seu crescimento político. Não se sabe por qual razão Marília até hoje não saiu do PT, mesmo tendo sido "queimada" diversas vezes.
Ex-integrante do PSB, Marília rompeu com o partido desde 2014, e pouco depois, se filiou ao PT, que era oposição, tendo apoiado inclusive a candidatura do então senador Armando Monteiro Neto, na época no PTB, para o governo do Estado.
Em 2018, Marília aparecia na frente nas pesquisas, brigando "pau a pau" com Paulo Câmara e Armando Monteiro. Foi quando Humberto Costa se envolveu, defendendo uma inesperada aliança com o PSB, e rifando a candidatura de Marília. Humberto foi candidato a Senado na Frente Popular, lado a lado com seu ex-adversário Jarbas Vasconcelos (MDB), e terminou eleito para o Senado. Marília teve que se conformar com um mandato de deputada federal.
Em 2020, Marília aparecia também na dianteira para a Prefeitura do Recife. Humberto tentou impedir a candidatura de Marília, sem sucesso. Marília conseguiu ir para o segundo turno com o atual prefeito João Campos (PSB), que acabaria eleito. Dizem as más línguas que teve petista fazendo corpo mole pra Marília e ajudando João na surdina.
Agora em 2022, a conversa é que Marília poderá sair candidato ao Senado pela Frente Popular, algo que o PSB não quer nem ouvir falar. Marília surgiu como opção para o Governo, mas novamente Humberto passou a rasteira nela, querendo até mesmo ser candidato ao Governo; O PT retirou a pré-candidatura dele para apoiar o PSB. Mesmo sendo rifado, Humberto mais uma vez tirou do caminho sua grande adversária dentro do partido.
Marília, independente de ideologia, tem tudo para crescer na política. Mas o recado é esse: enquanto ela estiver no Partido dos Trabalhadores, terá que se conformar somente com mandatos legislativos. O cacique estadual do partido não a tolera, e tanto ele como o partido têm sido grandes empecilhos para seu crescimento na política.
Aglomerações - tenho recebido em grupos de Whatsapp diversas fotos e vídeos com aglomerações em festas pré-carnavalescas no interior de Pernambuco. É impressionante como passados dois anos da pandemia ainda tem pessoas que insistem em não levar a sério e brincar com o perigo. Quando o governador ou prefeito manda "fechar tudo", eles são os mais criticados...
Fazendo feio - Me preocupa a campanha do Sete de Setembro, o alviverde da minha amada Garanhuns. O time vem de três derrotas em três jogos pelo Campeonato Pernambucano, tendo levado nada menos que 14 gols e sem fazer um gol sequer. Na estreia, levou 7 do Sport. No segundo jogo, levou 3 do Náutico. Neste domingo, levou 4 do Salgueiro, com direito a um gol que veio de longe. Reaja, alviverde!!!!
Caso Beatriz - Lucinha Mota, a mãe da menina Beatriz Angélica Mota, assassinada em Petrolina em 2015, gravou um vídeo para cobrar que a deputada estadual Dulcicleide Amorim (PT) assine o requerimento da abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o caso. Dulci é de Petrolina, cidade em que ocorreu o crime, e mantém sua principal base eleitoral no município.
Pegou mal - Pegou mal o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), errar a terra natal do Padre Cícero, figura muito conhecida entre nordestinos. Claro que não se tem a obrigação de conhecer todos, mas da parte de um presidente da Nação, não se deve ignorar que o referido Padre Cícero fez história no seu estado natal, Ceará, história essa muito conhecida até de pessoas que têm pouca leitura. Na live, ele disse que o "Padre Cícero era de Pernambuco" e chamou nordestinos de "pau de arara".
Pergunta - Quando Marília Arraes vai criar coragem e deixar o PT?