sábado, 8 de junho de 2013

POLÍCIA DO RIO ENCONTRA SANGUE E RASCUNHO DE CARTA EM CASA DE MÃE QUE TERIA SIDO MORTA PELA FILHA


Peritos da polícia do Rio encontraram sangue na casa de Adriana Rocha de Moura Machado, 43, morta no último dia 25 supostamente pela filha adolescente, de 17 anos, com a ajuda do namorado Daniel Duarte Peixoto, 20.
Na casa, localizada no bairro do Cachambi, zona norte do Rio de Janeiro, a equipe de perícia também encontrou um papel onde a jovem escreveu o conteúdo do que ela diria no primeiro depoimento dado à Polícia Civil, quando ela informou sobre o desaparecimento da mãe. O corpo de Adriana foi encontrado carbonizado quatro dias depois de sua morte.
De acordo com o delegado-assitente da 32ª DP (Taquara), Maurício Mendonça, o rascunho parece ter sido seguido pela jovem, já que o conteúdo é similar ao depoimento prestado pela jovem na delegacia. O "roteiro" prejudica ainda mais a situação do casal, segundo o delegado. "[O rascunho] só reforça os indícios de que eles são os autores do crime, e também a frieza do casal", afirmou o delegado.
Mendonça pediu rapidez na conclusão da perícia - que vai identificar se as três gotas de sangue encontradas são de Adriana - para anexar ao inquérito e enviar a investigação ao Ministério Público. "Talvez até o final da próxima semana esteja concluído", disse.
O carro de Peixoto, um Palio, também foi periciado, mas o resultado do exame ainda não foi liberado. A polícia trabalha com a hipótese do carro ter sido usado para levar o corpo da vítima até o terreno onde foi queimado.

Crime

Investigações da 32ª DP (Taquara) apontam que a adolescente e o namorado mataram Adriana e queimaram seu corpo. A vítima foi morta quando dormia ao lado da filha. De acordo com o delegado Antonio Ricardo Nunes, ela levou um golpe conhecido como "mata leão", mas não morreu na hora. Com isso, Peixoto teria entrado no quarto e colocado um saco na cabeça.
Para se livrar do corpo, o casal teria levado a vítima para um terreno em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e ateado fogo ao corpo.
Adriana foi morta no último dia 25 e a filha procurou a polícia no dia seguinte para informar sobre seu desaparecimento.
"No dia seguinte, ela procurou a polícia para acusar a vizinha pelo desaparecimento. Mas, os depoimentos começaram a ser diferentes, eles começaram a entrar em contradição. No quarto depoimento, somente, ela confessou", disse Nunes.
O corpo de Adriana foi reconhecido pela arcada dentária. "Ela demonstrou frieza e nenhum arrependimento. Ela planejou, depois negou. No dia seguinte ao crime, ela foi ao shopping", disse Nunes.
Diferentemente da atitude da adolescente, o jovem suspeito demonstrou arrependimento, segundo o delegado. "Ele se emocionou, viu que a coisa ficou grave, demonstrou arrependimento", afirmou Nunes.
O casal foi preso na última quinta-feira (6). Contra Peixoto, a polícia conseguiu um mandado de prisão temporária de 30 dias. Já a adolescente foi encaminhada ao Degase (Departamento Geral de Ações Socioeducativas).
Na delegacia, Peixoto negou ter participado da morte. Ele disse que só transportou o corpo. Ele vai responder por homicídio triplamente qualificado com ocultação de cadáver. A jovem vai responder por ato análogo ao crime de homicídio.

Fonte: UOL Notícias

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