O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela discursa em Johannesburg e pede mais compaixão aos doentes de Aids REUTERS/Juda Ngwenya.
Em nota, a presidência do país afirma que o estado de saúde de Mandela é "grave, mas estável".
"Por volta de 1h30 desta madrugada, seu estado de saúde se deteriorou e ele foi levado a um hospital de Pretória. Segue em estado grave, mas estável", resume o comunicado oficial assinado pelo presidente sul-africano Jacob Zuma.
Esta é a segunda internação a que Mandela é submetido em pouco mais de dois meses. No último dia 6 de abril, Mandela recebeu alta após passar dez dias internado para tratar uma pneumonia.
Mandela completará 95 anos em julho. Nas últimas imagens de suas aparições públicas, divulgadas em abril, durante uma visita oficial, o líder sul-africano pareceu debilitado, com o rosto inexpressivo.
Herói da luta contra o apartheid, Mandela ganhou o prêmio Nobel da Paz em 1993 e tornou-se, em 1994, o primeiro presidente negro da África do Sul, tendo governado o país até 1999.
Doença preocupa sul-africanos
De três anos para cá, a saúde do líder sul-africano mobiliza a preocupação de seus conterrâneos e admiradores e é motivo de especulações, devido à idade avançada de Mandela. Desde 2010 ele não tem aparecido em público com frequência e retirou-se totalmente da vida política.Em janeiro de 2011 e em dezembro de 2012, Mandela foi hospitalizado para tratar a infecção pulmonar de que sofre, como consequência de uma tuberculose contraída quando ficou preso na ilha de Robben, em 1980 -- nesta prisão, passou 18 de seus 27 anos de detenções durante o regime do apartheid. Há relatos de que lá Mandela era forçado a quebrar pedras durante os anos de detenção, o que teria feito com que a poeira afetasse seus pulmões.
Em 2012, Madiba retirou-se para sua aldeia de infância, Qunu (região rural). Mas em dezembro foi levado para Pretória, por razões de saúde. Quando ele deixou o hospital, decidiu instalar a família em sua casa em Joanesburgo (a 60 km de Pretória), para estar perto dos principais hospitais do país. (Com AFP e Efe).
Fonte: UOL Notícias
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