Janir Tuffani, 48, passou mal depois de ficar cinco horas na sala de cirurgia. Procurado pela Folha, o hospital não respondeu até a conclusão desta edição.
É a segunda morte após cirurgia plástica no Salt Lake em menos de três meses. Em fevereiro, a diarista Maria Gilessi Pereira Silva, 41, sofreu uma parada cardiorrespiratória duas horas depois de implantar silicone nos seios.
No último dia 30, Janir Tuffani passou por seis intervenções de uma só vez: implantou 325 ml de silicone nos seios, retirou bolsas de pele das pálpebras e aspirou gordura da barriga, braços, pernas e costas.
Arquivo Pessoal | ||
A diretora de escola Janir Tuffani, 48, que morreu após fazer seis cirurgias plásticas no Hospital Salt Lake, em São Paulo |
À noite, após uma refeição, Janir passou mal e sentiu fortes dores na barriga. "Ela levantou porque não conseguia ficar parada de tanta dor que sentia", conta Cláudia.
A equipe médica do hospital constatou uma hemorragia e decidiu deixar a diretora em coma induzido, segundo a amiga.
No dia seguinte, Janir foi transferida para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital São Luiz, no Jardim Anália Franco, na zona leste.
Ela morreu na sexta-feira e seu corpo foi sepultado no dia seguinte, no sábado.
Janir recebeu 16 bolsas de sangue e duas de plaquetas enquanto estava no São Luiz.
Segundo a amiga, a diretora sentia-se descontente com seu corpo porque estava acima do peso. Pelas seis cirurgias plásticas, ela pagou R$ 20 mil em dez vezes.
Para Dênis Calazans, secretário-geral da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o paciente tem autonomia para decidir se submeter à cirurgia plástica.
O médico responsável, porém, pode vetar o procedimento se achar que o paciente não tem condições físicas para as intervenções.
"Todo procedimento plástico envolve certo grau de risco. Quando você faz mais de uma [cirurgia], o risco é potencializado", diz.
Fonte: UOL Notícias
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