- O namoro no trabalho pode até ajudar na performance profissional, mas deve ser bem administrado
"Bem administrados, esses relacionamentos acabam até ajudando na performance profissional. As pessoas se sentem mais satisfeitas, seguras, com a autoestima em alta", afirma a psicóloga Liliana Guimarães, doutora em Saúde Mental pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e segunda secretária da diretoria da Associação Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho.
Cara
feia e discussões por ciúmes - Ele olhou para as pernas da colega, você
flagrou e tirou satisfação na frente dos outros. Gafe! Costa observa
que, se o casal demonstrar que está brigado, colegas se colocarão do
lado de um contra o outro. O que não é bom. "O casal que se estranha no
ambiente de trabalho é passível de advertência", alerta o head hunter
Ivan Witt Leia mais Stefan
Às vezes, a confusão começa antes mesmo de o namoro engrenar --ainda na fase da paquera, as pessoas não se dão conta de que violam regras básicas de conduta, normas implícitas que, se ignoradas, podem enterrar a mais brilhante das carreiras.
A primeira delas é transformar a paquera no principal objetivo diário, intercalando as tarefas entre um momento de flerte e outro. Exemplos: arrumar a todo instante pretextos para ir até à mesa do colega charmoso, marcar encontro com a garota que está a fim na máquina do café a cada meia hora, dar uma fugidinha para conversar na escada, ficar falando com o outro por mensagens instantâneas boa parte do tempo.
"Na empolgação, homens e mulheres acreditam que estão sendo discretos, mas na verdade não estão. As pessoas ficam de olho, mesmo, e não demoram a começar a comentar", declara Andrea Huggard Caine, diretora de certificação profissional da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos).
E a fofoca não tarda a começar. "Se a paquera chegou a um ponto em que vocês precisam ficar mais tempo sozinhos, para se conhecerem melhor, marquem um happy hour e resolvam a questão fora dali", diz Andrea. "Quando o clima entre os dois fica muito evidente e vira o assunto da empresa, isso pode afetar a imagem que ambos têm ali dentro. Há o risco de que passem a ser vistos como imaturos, despojados demais e até irresponsáveis", afirma Viviane.
Uma regra vale para qualquer situação: se quiser encontrar a alma gêmea no trabalho, não lance olhares e sorrisos para todos os departamentos. Por mais que a oferta seja boa em quantidade e qualidade, só vai queimar seu filme.
E se o alvo de suas segundas intenções é seu subordinado ou está abaixo de você na hierarquia da empresa, é essencial tomar muito cuidado na hora de demonstrá-las, para que o interesse não seja interpretado como assédio. Esse conselho serve, em especial, para as situações em que você tem dúvidas sobre a reciprocidade do sentimento.
"Ainda que a paquera evolua, a primeira e mais importante relação ali dentro é a de trabalho", diz Andrea. O uso de e-mails para fazer tais revelações também deve ser evitado --lembre-se que muitas empresas monitoram os computadores de seus colaboradores.
Se o flerte virar namoro sério, a primeira pessoa que deve tomar conhecimento disso é o chefe --ou os superiores, caso vocês atuem em departamentos diferentes. "É claro que vocês podem ser discretos e confirmar a situação à medida que as perguntas vão surgindo. Mas, mesmo que a empresa seja liberal, a atitude significa transparência e elimina o risco de comentários que possam vir a prejudicá-los. É uma postura profissional", afirma Andrea.
Fonte: UOL Notícias
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