Operadoras de celular: a vergonha do Brasil
No Brasil, as empresas de telefonia celular prestam serviços
que deixam muito a desejar, infelizmente. A TIM, a Claro, a Oi e a Vivo não
conseguem prestar um serviço da qualidade que o consumidor merece. O resultado
disso é que todas elas estão entre as empresas que mais recebem reclamações,
segundo o PROCOM.
Geralmente, em concorrências, se luta para ser o melhor. Mas
no caso das operadoras, parece que a guerra é pra ver qual a pior. Pois são
inúmeros os abusos cometidos por elas. Quedas constantes de sinal, por exemplo.
O que se pensava que era apenas incompetência das operadoras era na verdade por
pura maldade, pois a ANATEL descobriu que as chamadas eram derrubadas de
propósito, para que o cliente pagasse mais, pois em vez de uma, ia fazer duas
chamadas.
O resultado é que a ANATEL determinou que as chamadas que
fossem repetidas após queda de ligação com menos de 2 minutos não haveria
cobranças. Mas não é o suficiente, pois agora, acontece queda de chamadas, e
acaba se levando mais de 2 minutos para voltar. Será que essa medida resolveu o
problema?
Os problemas não são só esses. Em 2012, a ANATEL mapeou qual
operadora era líder de reclamação em cada estado, e assim, quando foi
descoberto, proibiu-se a venda de chips da operadora mais reclamada em cada estado
(TIM, no caso de Pernambuco). Medida acertada, mas acompanhada de um erro:
teria que se apresentar um plano de melhorias para que pudessem voltar a vender
chips. Não. Em vez disso, deveria MELHORAR o serviço. Pois o que se viu é que
as operadoras apresentaram planos de melhoria, que ficaram apenas no papel,
pois conseguiram o que queriam, voltar a vender chips.
Na época, a TIM foi a mais punida, em 18 estados. Já a Claro
foi punida em 5 e a Oi em 4. A Vivo não foi punida em nenhum estado, mas também
se exigiu dela plano de melhorias de seus serviços. O grande problema é que o
consumidor fica refém desses serviços péssimos, uma vez que é obrigado a usar
celular de uma operadora por causa da questão da ligação que é feita para a
mesma operadora, sempre mais em conta do que uma ligação de uma operadora para
outra.
Para piorar, as operadoras se prestam a fazer um serviço
além do serviço de celular, que já prestam mal: a Internet. Se o serviço de
celular deixa a desejar, pior ainda é o de Internet – todas as quatro.
As operadoras lançam um pacote de internet, e você poderá
usar com seu modem. Porém, se ultrapassar o valor daquele pacote, você terá sua
velocidade reduzida até a renovação do mesmo. Quer dizer, se você for
fotografo, blogueiro, jornalista, é melhor contratar um provedor de Internet ou
a GVT, cujas cobranças são mensais e não há esse limite que as operadoras
impõem.
Mas o que mais realmente é cruel é uma coisa: problemas
acontecem, ninguém é perfeito. Mas as operadoras não têm o menor interesse de
melhorar os serviços. Mesmo com as reclamações, tendo seus nomes associados a
ironias em redes sociais, elas não se preocupam e prestar um serviço de
qualidade. A ANATEL ainda não pune as operadoras como deveria, pois o
consumidor tem tido muito prejuízo. Quantas pessoas que perderam por exemplo,
um trabalho por que a operadora fez a bondade de derrubar sua internet ou
ligação, na hora mais errada? Mas se fecha muito os olhos para isso. Enquanto
isso, na TV, propagandas milionárias das operadoras contando vantagens, usando
atores, humoristas e cantores. Propaganda milionária e enganosa.
Num país sério, essas operadoras já teriam tido suas
concessões cassadas.
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