quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

PT diz que ataques a Eduardo Campos foram "desabafo"

Presidente Dilma Rousseff não teria aprovado críticas ao socialista, que considerou ofensiva como

Presidente Dilma Rousseff não teria aprovado críticas ao socialista, que considerou ofensiva como "ataque covarde"

Edmar Melo/JC Imagem

Mais de 24 horas após a publicação da nota do Partidos dos Trabalhadores em sua página do Facebook, onde classifica o governador-presidenciável Eduardo Campos como “playboy mimado”, o tema continua gerando polêmica. Responsável pela gestão de mídias sociais do partido, Alberto Cantalice, negou que o texto representasse um posicionamento oficial da legenda, mas reforçou o tom adotado, segundo ele, por um dos integrantes de sua equipe.
Cantalice chamou o texto de “desabafo” e afirmou que foi uma resposta às “diversas provocações” que o PSB e o governador vêm fazendo no ambiente virtual. “O grupo (que faz a gestão da rede) está insatisfeito com as críticas frequentes que o governador vem fazendo a um governo do qual ele participou por mais de dez anos, entende? Considero legítimo ele (Eduardo) se candidatar, mas não ficar fazendo críticas como se sempre tivesse atuado como oposição”, disparou Cantalice, que também é segundo vice-presidente nacional do PT.
O dirigente nacional do PT negou, entretanto, que a publicação refletisse uma posição da Executiva nacional. “Tanto que não foi postado no site do partido”, afirmou ele, que disse ter dado aval para a publicação. Mesmo admitindo o tom forte do documento, Cantalice tentou minimizar a repercussão da nota. “Ele (Eduardo) tem feito críticas sistemáticas a nós. Sentimos que precisávamos rebater e saiu esse texto. Não pretendemos retirar do ar ou bloquear. Isso acontece”, afirmou o petista. O Palácio do Planalto não aprovou o ataque, mas também não teceu comentários publicamente.
No PSB, a orientação dada pelo governador é colocar “panos mornos” no episódio. As lideranças não devem rebater. Apesar da irritação com a postagem, Eduardo Campos quer reforçar o discurso de que não entrará em brigas.
Em sua página no Facebook, o socialista respondeu ao PT de forma curta e enfática – apesar de no mesmo texto ele mencionar que não se pronunciaria –, classificando a nota petista como “ataque covarde”.
“Em respeito às inúmeras pessoas que mandaram mensagens, direi apenas que sigo firme no debate de alto nível sobre o Brasil. O resto a gente ignora. Porque, enquanto os cães ladram, a nossa caravana passa”, provocou Eduardo.
Na mesma publicação, o presidenciável compartilhou a resposta oficial do PSB, de autoria do vice-presidente nacional da sigla, o deputado federal Beto Albuquerque (RS). O posicionamento, publicado também no site do partido, avalia a atitude do PT como “desespero” em meio “à discussão democrática do PSB em ter candidato próprio à Presidência da República”. A assessoria de imprensa da ex-senadora Marina Silva (PSB) afirmou que ela não se manifestará. Em tom irônico, a nota petista acusa a ex-parlamentar de praticar “adesismo puro e simples” por causa da aliança com o PSB.

Fonte: JC Online

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