Aloysio Nunes, Eduardo, Jarbas e Elias Gomes: sintonia das oposições ao PT
Josenildo Tenório/Divulgação
Depois de ter aparecido,
segundo o anfitrião de “surpresa”, no almoço que o senador Jarbas
Vasconcelos (PMDB) ofereceu ao senador tucano Aloysio Nunes (PSDB-SP),
sábado (25), em sua casa de praia, no Janga, o governador Eduardo Campos
(PSB) volta a se encontrar com o peemedebista, quarta ou quinta-feira
desta semana, para uma conversa reservada sobre a eleição estadual.
A reeleição de Jarbas é colocada como
“prioridade” pelo partido, mas o senador não está decidido a entrar na
disputa - outra opção seria concorrer a um mandato de deputado federal.
Jarbas espera definir esta semana seu caminho nas eleições.
Já o governador, sofrendo pressão nos
bastidores de sua base política – são muitos os pré-candidatos que
aguardam a definição da chapa majoritária, especialmente a escolha do
candidato a governador, que será do PSB –, terá conversas com os
partidos da Frente Popular, mas não coloca prazos. “Será anunciada na
hora certa”, desconversou mais uma vez, sábado, ao ser perguntado sobre
quando deve fechar a composição.
Com articulações cada vez mais intensas
em torno de sua candidatura à Presidência da República, o governador
também costura as chapas regionais do PSB - a sucessão nos Estados. Mas,
se o “burburinho” de aliados em Pernambuco foi reduzido, nos últimos
dias, após mandar o recado de que não teria nada definido e que as
conversas ainda iriam ocorrer, o governador sabe que a ansiedade produz
inquietações na Frente Popular.
As últimas reações nos bastidores vieram quando o JC
divulgou a informação de que uma "comissão" socialista iria "trabalhar"
a indicação do secretário Tadeu Alencar (Casa Civil), abafando os
ruídos de que essa possível indicação já estaria definida pelo
governador.
No sábado, na casa de praia de Jarbas, o
governador manteve contato – além de peemedebistas como o anfitrião e o
deputado federal Raul Henry, outro nome lembrado para a chapa, opção
para a vice – com os tucanos Elias Gomes (prefeito de Jaboatão dos
Guararapes), Betinho Gomes (deputado estadual) e o ex-líder da oposição
na Assembleia Legislativa, Daniel Coelho, que foi ao almoço acompanhado
do pai, o ex-deputado estadual João Coelho. O deputado federal e
ex-governador Mendonça Filho (DEM) também compareceu.
“Curioso que os últimos encontros são
todos de surpresa, né?”, brincou ao governador, sorrindo, ao ouvir o
senador peemedebista explicar que a ida do governador não estava np
cardápio do evento. Eduardo, segundo Jarbas, teria ligado para Raul
Henry ao saber do almoço e combinado de aparecer.
Surpresa ou não, o governador passou
aproximadamente 7 horas e mais no famoso “cozido” de Jarbas – dessa vez
em homenagem ao tucano Aloysio Nunes. Encontro que – mais uma “surpresa”
– não teve cozido no cardápio, visto que o senador não teve tempo de
prepará-lo e serviu outros pratos regionais.
Em cenas que há pouco tempo causaria
forte surpresa – a reaproximação política dos dois só ocorreu há dois
anos, nas eleições municipais de 2012 –, Eduardo e Jarbas conversaram
longamente, bebericaram à vontade como velhos amigos e lembraram causos
políticos que provocaram risos e mais risos de convidados.
Numa total sintonia de palanque de
oposição ao PT da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, o
governador-presidenciável e o senador Aloysio Nunes reforçaram a boa
relação entre PSB e PSDB, partido que tem o senador mineiro Aécio Neves
como presidenciável. Ambos consideraram natural fala do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ao Blog do Josias (do jornalista
paulista Josias de Souza), de que qualquer um que vença a eleição
presidencial de outubro – Aécio ou Eduardo – “será bom para o País”.
Ambos evitaram polêmica e reforçaram a sintonia de pensamentos contra o
PT.
FONTE: JC ONLINE
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