O senador Armando Monteiro Neto (PTB) esteve
na tarde desta sexta-feira (24), em Limoeiro, onde participou de uma entrevista
coletiva da imprensa na sede da ACIL Limoeiro. Marcaram presença também o
prefeito Ricardo Teobaldo, o secretário-geral do PTB, José Humberto, o prefeito
de Nazaré da Mata, Nado Coutinho, também da legenda trabalhista. Armando abriu
o evento, conversando com os presentes. “Quando fui senador, decidi não ficar na
zona de conforto, feito muitos ficam, e resolvemos ficar perto dos problemas do
nosso estado. Nossa presença em Limoeiro não é uma novidade, mas por outro
lado, não seria verdadeiro se não dissesse que estamos entrando em um período
que nos conduzirão a definir as chapas das eleições 2014. Uma candidatura não pode
conjugar só forças políticas, mas tem que ter a representatividade que marca a
sociedade de Pernambuco” pontuou Armando. O senador explicou que o PTB entendeu
que deveria se apresentar uma candidatura própria, e assim teve os contatos com
várias cidades e lideranças políticas locais, e assim, o senador pôde chegar à
conclusão de levar adiante sua candidatura.
Armando ainda chegou a citar a
importância da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). O senador ainda
pontuou que Pernambuco cresceu muito, mas a população está mais exigente, e o
crescimento foi desacelerado, especialmente as regiões mais pobres, que ficam
mais distantes dos grandes centros. “A renda média do sertanejo corresponde a um
terço da renda média de um pernambucano da área metropolitana”, destacou o
senador. “nossa proposta não é contra ninguém, mas apenas propostas que apontam
para o futuro de Pernambuco”.
Respondendo a uma pergunta do
radialista Laureano Silva, da Rádio Alternativa de Carpina, Armando destacou o
problema das cidades que cresceram de forma desordenada nos últimos 50 anos.
“Você mora na cidade, mas não tem a vida que gostaria, o transporte é um caos,
perde tempo pra chegar ao trabalho, e em condições desumanas. Tudo isso
aconteceu por que faltaram políticas adequadas para desconcentrar essa
população, e não criaram outras cidades médias, para que não pudéssemos ter
tantos problemas nas metrópoles.” Para Armando, o desafio é promover o
desenvolvimento para o interior. “O governador Eduardo Campos tomou uma medida
correta ao trazer a FIAT para Goiana, por exemplo. Mas Goiana precisa se
preparar para o processo que vai viver com a chegada dessa importante
indústria.” O senador ainda destacou o esforço da presidente Dilma para colocar
reforços no PAC da Mobilidade, mas na hora da execução, é que acontece o
problema. “Muitos projetos são mal-feitos, burocráticos e cheios de problemas”,
pontuou o petebista. Ele citou as várias obras federais que Lula e Dilma
trouxeram para Pernambuco, como a BR-104, a BR-408, justificando o motivo de
apoiar a reeleição da petista.
Momento em que Armando Monteiro chega á sede da ACIL |
Armando ainda defendeu a
duplicação da PE-90, trecho Carpina-Limoeiro, pois se assim não acontecer,
Limoeiro ficaria excluída do plano de desenvolvimento. “Se acontecer de eu ser
candidato, e se Deus nos ajudar, podem ter certeza que será um compromisso
nosso”, destacou o senador.
Armando também falou do
questionamento do deputado Sérgio Guerra, que acusou o senador de ter ligação
com a classe patronal, além do PTB não ter projetos. “Todos sabem da ligação de
Guerra com o meio empresarial. Esse tempo de antagonismo passou. Tenho orgulho
de fazer parte de uma família que gerou empregos, uma família que tem história.
Destilar esses preconceitos é coisa velha. E quem vai fazer esse julgamento se
não temos projeto é o povo de Pernambuco. Estou pronto pra fazer um debate
sobre a economia de Pernambuco. Farei alianças por que ninguém pode fazer nada
sozinho.” Armando destacou que não faz sua vida com preconceitos. “Creio que
Sérgio Guerra deveria se preocupar com seu partido, que está com problemas de
lideranças que manifestam contrariedade com os rumos do partido.” Alfinetou o
senador.
Sobre a questão da atração de
indústrias para Limoeiro, Armando Monteiro destacou que não é só
responsabilidade única da prefeitura, mas a ação do estado,seja por uma
política de incentivo fiscais ou adotando infra-estrutura. Sobre a ida de
grandes empresas para Glória de Goitá, ele disse que foram ali criadas
condições para que Glória pudesse receber tais indústrias. O senador disse
ainda que no futuro, Salgueiro, por exemplo, poderá se tornar uma cidade
importante logística, principalmente por causa da Transnordestina. “Limoeiro
tem que haver uma mobilização da sociedade, a expressão de suas forças
políticas, para exigir que o futuro governo de Pernambuco possa ajudar a criar
um pólo de desenvolvimento, como vem acontecendo com outras regiões do estado,”
destacou o senador.
Armando também explicou o seu
afastamento de Eduardo. Segundo ele, o governador e o partido dele, o PSB,
tiveram a decisão de se afastarem do PT. “Nós estávamos no governo de Dilma,
dando uma grande ajuda. Mas Dilma tem o direito de se candidatar novamente.
Eduardo tem também o direito de se candidatar; mas vai caber ao povo julgar
isso. A dissolução da Frente foi responsabilidade dele. O PTB e o PT, por
exemplo, tem compromissos com a reeleição da Dilma.” Justificou o senador. Para
ele, o governador erra em não escolher um político para disputar a eleição de
2014, que deveria ser, segundo Armando, João Lyra Neto ou o Fernando Bezerra
Coelho. Tudo indica que o governador prefere um técnico.
Armando Monteiro respondeu a mais
outras perguntas, entre diversas áreas de Saúde, Educação e Segurança. No final
do encontro, Ricardo Teobaldo destacou a competência de Armando Monteiro e
explicou sua saída do PSDB: “O partido não tem projeto, não tem candidato, está
a reboque do PSB. Entrei no PTB e estou apoiando um homem competente, que tem
capacidade de liderança, e tem condições de tocar nosso estado, ainda mais com
o grande apoio do PT e do ex-presidente Lula.” Destacou Ricardo.
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