O acidente aconteceu na última terça-feira na descida da Serra das Russas, em Gravatá, e envolveu um caminhão e três carros passeio
Foto: Bobby Fabisak/ JC Imagem
A
menina de 14 anos que foi uma das vítimas do acidente envolvendo 4
veículos na Serra das Russas, na última terça-feira (16), teve morte
cerebral diagnosticada às 4h desta sexta-feira (19). A adolescente foi
levada no mesmo dia do acidente para o Hospital da Restauração, no
Recife, e tinha sido transferida na tarde dessa quinta-feira (18) para o
Hospital Santa Joana, também na capital pernambucana. A família da
vítima concordou com a doação dos órgãos dela.
De acordo com a Central de Transplantes de Pernambuco, cinco pessoas receberam os órgãos da menina. Uma mulher de 47 anos recebeu um rim, um homem de 59 anos recebeu o fígado e uma mulher de 28 anos recebeu o outro rim e o pâncreas. Já as córneas serão transplantadas na próxima segunda-feira (22).
"A
cirurgia aconteceu no final da manhã e já terminou. O corpo já foi
entregue à família que encaminhará ao Instituto de Medicina Legal. Os
parentes da menina doaram os órgãos e a córnea. Os beneficiados
receberam fígado, rins e pâncreas. O coração só não foi doado porque não
tínhamos um receptor compatível no momento", relata a coordenadora da
Central de Transplantes, Noemy Gomes.
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Para a família da adolescente a doação
deve ser um exemplo a ser seguido por outras pessoas. "Estamos
procurando nos refazer de uma fatalidade, estamos com boas intenções
para podermos ajudar aos que precisam. Sempre apostamos na vida e
decidimos doar os órgãos de nossa filha para dar a outras pessoas a
oportuniade de terem uma vida mais prolongada. Só peço que os que
receberam os órgãos orem por nós, pois assim Deus irá nos confortar",
disse o pai da menina, o bancário Luiz Marcos Salvador.
Como se trata de uma morte trágica,
depois da cirúrgia de doação, o corpo da menina fica aguardando a
remoção até o IML. A família da adolescente aguarda que a Polícia
Científica busque o corpo, pois o carro de funerária não é autorizado
para fazer esse serviço. "Nós fazemos um apelo às autoridades
competentes para que tenham piedade dos familiares que querem doar
órgãos. Criem formas que possam dar prioridades para que o corpo de
vítimas de acidentes, depois da doação de órgãos, não precise ir pro
IML. Essa espera é um sofrimento a mais que estamos enfrentando",
explica a tia da menina Carla Salvador.
Fonte: NE10
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