Os motoristas e cobradores atingidos pela medida se reuniram no Ministério do Trabalho na manhã desta terça
Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Apesar de o acordo que pôs
fim à paralisação dos rodoviários ter garantido que os grevistas não
iriam ser demitidos, 22 funcionários da Empresa Borborema perderam seus
empregos nessa segunda-feira (8). Os motoristas e cobradores atingidos
pela medida estão reunidos no Ministério do Trabalho, na Avenida
Agamenon Magalhães, Zona Norte do Recife, na manhã desta terça (9). Eles
discutiram a legalidade das demissões com um mediador público, que
convocou um representante da empresa a comparecer ao ministério e
negociar com os profissionais ainda nesta terça. Procurada pela
reportagem, a Borborema não confirmou as demissões. Segundo a empresa, o
quadro de pessoal não sofreu alterações nos últimos dias.
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"Há um acordo entre patrões e
empregados, feito no Ministério do Trabalho no fim da greve, que
determina somente a demissão dos vândalos. Esses profissionais não
participaram de atos de vandalismo, mesmo assim a empresa não explicou o
motivo da demissão. Queremos saber por que eles perderam seu emprego",
afirma Roberto Torres, da Central Única de Trabalhadores (CUT). Segundo
Torres, alguns dos demitidos não chegaram nem a sair de casa durante a
paralisação. Outros foram trabalhar, mas participaram dos momentos de
parada coletiva nos terminais integrados. No total, foram demitidos
cinco cobradores e 17 motoristas. Dos cinco cobradores, quatro são
mulheres e uma delas está grávida.
Os rodoviários souberam da decisão
quando chegaram ao trabalho na segunda-feira. Depois, entraram em
contato com o mediador do Ministério do Trabalho Mário Cesar, que
participou da reunião entre patrões e rodoviários no sábado. O mediador
convidou os demitidos para conversar nesta terça, Roberto Torres está
com eles e carrega o acordo assinado entre os presidentes do Sindicato
das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) e
do Sindicato dos Rodoviários. Por volta das 9h30, após uma hora de
reunião, Mário Cesar convocou um representante da Borborema para
negociar com os profissionais e explicar as demissões. O representante
deve comparecer ao Ministério ainda nesta terça-feira. Os rodoviários
aguardam a chegada do patrão no local.
OPOSIÇÃO - A oposição ao Sindicato dos Rodoviários, a CSP/CONLUTAS,
na sua página no Facebook, alerta para o risco das demissões. O
movimento pede que qualquer caso de desligamento das empresas seja
comunicado aos representantes da oposição, para que o acordo seja
cumprido e os trabalhadores não percam seus direitos. Chegou-se até a
dizer que as demissões podem ser respondidas com novas paralisações. Fonte: UOL Notícias
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