O boato fez com que as agências da Caixa Econômica Federal ficassem lotadas, no último dia 19 de maio
Foto: Clemilson Campos/JC Imagem
A Polícia Federal concluiu que o boato sobre o Programa Bolsa Família, que provocou grandes filas e tumultos em agências da Caixa e casa lotéricas de 12 Estados no fim de semana dos dias 18 e 19 de maio, “foi espontâneo não havendo como afirmar que apenas uma pessoa ou grupo tenha os causado”. “Conclui-se, assim, pela inexistência de elementos que possam configurar crime ou contravenção penal”, afirma a PF.
A investigação sobre os boatos do Bolsa Família foi encerrada nesta sexta feira, 12. A PF encaminhou o relatório final ao Juizado Especial Criminal do Distrito Federal.
Entre as linhas de investigação da PF foi analisada possível utilização de redes sociais para propagação dos boatos. Foi identificada uma postagem, na rede social com maior número de usuários no Brasil, feita pela filha de uma beneficiária da cidade de Cajazeiras (PB) informando sobre o saque antecipado de sua mãe. Essa foi a primeira menção na internet a respeito do assunto.
“No entanto, a postagem desta informação não foi a origem dos boatos. Assim sendo, a internet e as redes sociais apenas reproduziram notícias veiculadas pela imprensa sobre os tumultos em agências bancárias”, informa a PF.
“Da mesma forma, não ficou configurada a utilização de rádios comunitárias, telemarketing ou empresa contratada para a disseminação da informação de cancelamento do programa”, destaca a investigação da PF. “Apenas uma beneficiária no Rio de Janeiro noticiou ter recebido telefonema a respeito, depoimento que não se repetiu em nenhuma outra oitiva.”
Para que fossem identificados os primeiros beneficiários, a Polícia Federal solicitou à área operacional da Caixa Econômica Federal os registros de saques realizados no período, bem como o padrão dos saques realizados nos meses anteriores.
Foram ouvidas formalmente 181 pessoas no inquérito da PF - entre eles os primeiros sacadores de recursos do Bolsa Família, movidos pelos boatos de cancelamento do Programa. Do cruzamento dessas informações, a PF constatou aumento anormal no volume de saques nas cidades de Ipu (CE) e Cajazeiras (PB) já nas primeiras horas do sábado, dia 18 de maio.
Essas duas cidades apresentaram, proporcionalmente, o maior número de saques dos benefícios no final de semana. A partir das 11 horas da manhã do mesmo dia, verificou-se aumento incomum nas demais cidades que sofreram grande procura nas agências bancárias.
A análise dos dados permitiu a identificação e entrevista de 181 beneficiários dos Estados de Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio de Janeiro. Entre esses beneficiários, constam os primeiros sacadores das cidades de Ipu e Cajazeiras, além daqueles que foram às agências bancárias a partir das onze horas do dia 18 de maio nas demais cidades. Também foram ouvidos 64 gerentes da Caixa Econômica Federal nas localidades onde ocorreu o maior volume de saques.
Das pessoas ouvidas, aproximadamente 40% encontrava-se na data correta do cronograma de pagamento da bolsa. Entre os motivos que levaram os demais beneficiários às agências bancárias, constam: a ciência da antecipação do pagamento por motivos diversos, a informação de um possível adicional em virtude do dia das mães e a notícia de um suposto cancelamento do programa, respectivamente.
A PF analisou diversas linhas investigativas para apurar se houve articulação na divulgação do cancelamento do programa. Foram empenhados esforços para apurar uma possível articulação coordenada para que os boatos surgissem e ganhassem corpo.
Entre essas linhas de investigação, foi analisada possível utilização de redes sociais para propagação dos boatos. Foi identificada uma postagem, na rede social com maior número de usuários no Brasil, feita pela filha de uma beneficiária da cidade de Cajazeiras/PB informando sobre o saque antecipado de sua mãe. Essa foi a primeira menção na internet a respeito do assunto.
No entanto, a postagem desta informação não foi a origem dos boatos. Assim sendo, a internet e as redes sociais apenas reproduziram notícias veiculadas pela imprensa sobre os tumultos em agências bancárias.
A investigação sobre os boatos do Bolsa Família foi encerrada nesta sexta feira, 12. A PF encaminhou o relatório final ao Juizado Especial Criminal do Distrito Federal.
Entre as linhas de investigação da PF foi analisada possível utilização de redes sociais para propagação dos boatos. Foi identificada uma postagem, na rede social com maior número de usuários no Brasil, feita pela filha de uma beneficiária da cidade de Cajazeiras (PB) informando sobre o saque antecipado de sua mãe. Essa foi a primeira menção na internet a respeito do assunto.
“No entanto, a postagem desta informação não foi a origem dos boatos. Assim sendo, a internet e as redes sociais apenas reproduziram notícias veiculadas pela imprensa sobre os tumultos em agências bancárias”, informa a PF.
“Da mesma forma, não ficou configurada a utilização de rádios comunitárias, telemarketing ou empresa contratada para a disseminação da informação de cancelamento do programa”, destaca a investigação da PF. “Apenas uma beneficiária no Rio de Janeiro noticiou ter recebido telefonema a respeito, depoimento que não se repetiu em nenhuma outra oitiva.”
Para que fossem identificados os primeiros beneficiários, a Polícia Federal solicitou à área operacional da Caixa Econômica Federal os registros de saques realizados no período, bem como o padrão dos saques realizados nos meses anteriores.
Foram ouvidas formalmente 181 pessoas no inquérito da PF - entre eles os primeiros sacadores de recursos do Bolsa Família, movidos pelos boatos de cancelamento do Programa. Do cruzamento dessas informações, a PF constatou aumento anormal no volume de saques nas cidades de Ipu (CE) e Cajazeiras (PB) já nas primeiras horas do sábado, dia 18 de maio.
Essas duas cidades apresentaram, proporcionalmente, o maior número de saques dos benefícios no final de semana. A partir das 11 horas da manhã do mesmo dia, verificou-se aumento incomum nas demais cidades que sofreram grande procura nas agências bancárias.
A análise dos dados permitiu a identificação e entrevista de 181 beneficiários dos Estados de Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio de Janeiro. Entre esses beneficiários, constam os primeiros sacadores das cidades de Ipu e Cajazeiras, além daqueles que foram às agências bancárias a partir das onze horas do dia 18 de maio nas demais cidades. Também foram ouvidos 64 gerentes da Caixa Econômica Federal nas localidades onde ocorreu o maior volume de saques.
Das pessoas ouvidas, aproximadamente 40% encontrava-se na data correta do cronograma de pagamento da bolsa. Entre os motivos que levaram os demais beneficiários às agências bancárias, constam: a ciência da antecipação do pagamento por motivos diversos, a informação de um possível adicional em virtude do dia das mães e a notícia de um suposto cancelamento do programa, respectivamente.
A PF analisou diversas linhas investigativas para apurar se houve articulação na divulgação do cancelamento do programa. Foram empenhados esforços para apurar uma possível articulação coordenada para que os boatos surgissem e ganhassem corpo.
Entre essas linhas de investigação, foi analisada possível utilização de redes sociais para propagação dos boatos. Foi identificada uma postagem, na rede social com maior número de usuários no Brasil, feita pela filha de uma beneficiária da cidade de Cajazeiras/PB informando sobre o saque antecipado de sua mãe. Essa foi a primeira menção na internet a respeito do assunto.
No entanto, a postagem desta informação não foi a origem dos boatos. Assim sendo, a internet e as redes sociais apenas reproduziram notícias veiculadas pela imprensa sobre os tumultos em agências bancárias.
Fonte: Agência Estado
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