quinta-feira, 10 de maio de 2012

REPÓRTER DO CQC AGREDIDO POR DEPUTADO



O repórter Felipe Andreoli, do programa Custe o Que Custar (CQC) da TV Bandeirantes, foi agredido, ontem (8), pelo deputado Marcio Reinaldo Moreira (PP-MG), durante gravação do programa, em Brasília. De acordo com o site Terra, Felipe Andreoli questionou se "ele teria dado um tapa em um repórter da Globo?". O humorista disse ainda ter sido fortemente ofendido pelo político. "Sou jornalista formado assim como o Heraldo Pereira, como a Ana Paula Padrão. Ele tem que me respeitar da mesma maneira", completou. 


Andreoli registrou boletim de ocorrência na noite de terça-feira alegando que o deputado o agrediu com um tapa na cara. De acordo com o repórter, ele estava no Congresso, em Brasília, fazendo uma reportagem sobre a PEC do Trabalho Escravo no Brasil. Ao encontrar com o deputado Marcio Reinaldo Moreira, perguntou se ele não achava injusto as pessoas terem que esperar tanto tempo para uma votação como aquela. Como resposta, obteve apenas a agressão. Hoje, o parlamentar teria se manifestado sobre o assunto dizendo que o repórter do CQC o teria desrespeitado. "O jornalista do CQC de forma provocativa e desrespeitosa se manifestou ofendendo minha honra, dignidade e toda a instituição do Parlamento. Infelizmente, minha reação foi instintiva". Ainda de acordo com a nota, Moreira teria negado a entrevista, mas acabou cedendo diante da insistência do repórter. "Ciente de se tratar de uma equipe do programa humorístico sinalizei em negativa à entrevista. Contudo, face à insistência, respondi ao questionamento", completou o deputado Márcio.
Ainda conforme o parlamentar, sua reação diante das perguntas do repórter teria sido "impulsiva". "Defendo a liberdade de imprensa. Seu trabalho livre e responsável, mesmo quando criticado. Lamentavelmente, a reação impulsiva, incompatível com minha personalidade, não justifica as agressões verbais sofridas", disse o deputado. O parlamentar também criticou a fórmula do programa CQC. "Os recentes programas humorísticos lançados pelas redes de tevê misturam, perigosamente, humor e realidade. Confundem as cabeças das pessoas e colocam em cheque o autêntico jornalismo brasileiro. A confusão se estabeleceu. Humor e jornalismo? O deboche ou a análise séria dos fatos?", questionou. "Essa mistura é perigosa. A fórmula para se atingir o humor em um ambiente sério é extremamente delicada e se rompe facilmente, na medida em que o humorista precisa provocar, instigar, ofender e até rebaixar pessoas, para que os telespectadores possam se divertir", concluiu.
O deputado mineiro disse ainda que "apesar do ocorrido, reitero meu compromisso com a liberdade de imprensa, que é imprescindível para o fortalecimento da democracia. Acredito na imprensa livre, ativa, crítica, combativa, mas séria e responsável", afirmou o deputado.
Blog do Magno Martins

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