Mas Antônia começou a incomodar os que estavam perto dela. Ela dizia:
- Essa porcaria aqui não atende direito! Por isso não gosto de dinheiro! Só vim sacar porque tenho que sacar, senão, eu não queria!
Alguns ali a conheciam; um rapaz disse a outro:
- Essa aí é aquela filha do deputado. Ela não gira bem das cacholas, não...
- Ah, por isso... ela tá meio nervosa.
Antônia levantou-se e disse:
- Isso é uma demora! Bem que minha irmã Valéria diz que é pra quebrar os bancos, mesmo! Isso aqui é uma demora terrível! Que droga!!!!!!!
Um dos caixas disse:
- Moça, cale a boca, por favor!
- Cala a boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu!
Só que para complicar, entraram no banco, Plácido, Osemar e Robson, emcapuzados e assaltando:
- Mãos pra cima! Isto é um assalto!
Todos entraram em pânico; Mas Antônia disse:
- Olha só, isso é uns amadores, mesmo... não sabem nem assaltar. Até pra roubar vocês tem que estar modernos, sabiam?
Osemar disse:
- Cala a boca, ninguém pediu sua opinião!
Mas Antônia pegou o revólver de Osemar e disse:
- Olha só! 38???? Isso é coisa do passado. Hoje, a turma usa fuzil AR-15, arma do Exército... Aliás, esse negócio de assaltar banco é coisa do passado, vocês não sabiam? Hoje em dia, a moda é estar no Congresso e praticar uns esquemas aí, não sabem?
Plácido disse:
- Essa mulher é doida!!!!!!
Os outros estavam preocupados. Um dizia:
- Essa doida vai terminar morrendo!
- Antes ela do que eu, imbecil!
Mas Antônia disse:
- Não sabem nem mexer nessa porcaria... olha só, o que eu descobri! A arma é de brinquedo! Vocês são crianças, é?
Robson disse:
- Vamos nos mandar, a doida já descobriu o nosso esquema!
Eles saíram correndo, mas acabaram presos. Antônia era aclamada como heroína, mas não sabia o por quê. Ela mesma não entendia o que havia acontecido.
Fonte: Blog Vila Dourada
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