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A presidente Dilma Rousseff (PT) articula para o fim de novembro a primeira visita a Pernambuco, reduto do governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB), após o socialista intensificar os movimentos para viabilizar sua candidatura, com a entrega dos cargos que a sigla ocupava no governo federal. A expectativa é que a petista desembarque entre os dias 20 e 30. Integrantes do governo de Pernambuco negam que tenham recebido qualquer confirmação.Os dois compromissos que estão sendo acertados até agora chamam atenção pelo fato de serem em cidades administradas pelo PSB ou pelo PSDB, partido mais tradicional da oposição ao PT. Trata-se da inauguração da obra da engorda da praia de Jaboatão dos Guararapes – no Grande Recife – e do trecho da Adutora do Pajeú que levará água ao município de Afogados da Ingazeira, no Sertão.
A engorda foi tocada pelo prefeito Elias Gomes (PSDB), que, na campanha de reeleição do ano passado, firmou aliança com o PSB, tendo na vice o socialista Heraldo Selva. A maior parte dos R$ 41 milhões aplicados na obra vieram do governo federal, viabilizados pelo então ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB).
O serviço está praticamente pronto. A empolgação do tucano com a presença de Dilma é tanta que até já foi criada uma comissão para organizar a visita presidencial. “Estamos preparando uma recepção em grande estilo. Elias é o único prefeito tucano que faz parcerias com o governo federal e mostra na TV”, exalta um membro do governo.
A Adutora do Oeste Dilma conhece bem. A última visita ao Estado, em março, foi exatamente para inaugurar o trecho que levava água de Floresta até Serra Talhada. Na ocasião, ela foi recebida pelo prefeito da última cidade, o petista Luciano Duque.
Caso vá a Afogados da Ingazeira, no entanto, ela será ciceroneada pelo prefeito José Patriota (PSB), que, como presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), já proferiu diversas críticas à presidente por causa da redução do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), repasse do governo federal. Para completar, pode ter Eduardo no palanque.
No discurso em Serra Talhada, em março, ao lado de Eduardo, Dilma exigiu “parceiros comprometidos” com o projeto do PT. Desta vez, sequer pode considerar o governador um aliado.
Fonte: NE10
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