Todo mundo já sabe que o horário de início das provas do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) em Pernambuco é meio-dia, com abertura
dos portões às 11h. No entanto, do total de 337.715 inscritos no
Estado, 4.156 fazem parte de um grupo que fará a prova em regime
especial, diferente até daqueles que solicitaram atendimento especial,
como gestantes, mães de bebês que ainda mamam no peito e portadores de
necessidades especiais, como deficientes visuais.
Eles têm outro motivo: a fé deles não permite que trabalhem ou
exerçam atividades como uma avaliação do Enem, no período compreendido
entre o por do sol da sexta-feira e o pôr do sol do sábado. São os
sabatistas, judeus ortodoxos e adventistas do sétimo dia que guardam o
sábado, pois, conforme as escrituras, Deus descansou no sétimo dia da
criação. Eles têm o direito, garantido por lei, de um horário especial
em concursos que aconteçam aos sábados.
Tais candidatos devem chegar ao local de provas por volta das 11h,
quando são abertos os portões, procurar a sala em que foram alocados,
entregar a documentação necessária (documento oficial com foto, que pode
ser a identidade ou a carteira de motorista, mais o cartão de inscrição
do Enem) e entrar na sala em que farão a prova. Como os outros
candidatos, não podem chegar depois das 12h, pois serão eliminados.
É, neste momento, que começa o grande desafio. A partir do meio-dia,
eles terão que ficar na sala, em silêncio, sem poder consultar textos de
qualquer espécie, como a Bíblia, por exemplo, no caso dos adventistas
do sétimo dia. Haverá fiscais na sala.
A prova, para eles, tem início às 18h e termina às 22h30. O mesmo
tempo determinado para quem faz no horário normal, quatro horas e
meia. No domingo, a maratona segue o horário normal, como a dos demais
concorrentes: a prova vai das 12h às 17h30.
Tamires Durval tem 18 anos, mora em Caruaru e é adventista do sétimo
dia. Ela decidiu fazer o Enem por experiência, no ano passado,
justamente para saber como funciona o esquema especial. Ela conta que os
candidatos não podem conversar entre si enquanto esperam e não podem
dormir. “Tem que ficar lá sentado, esperando a hora da prova, imaginando
como vão ser as questões”, diz. Pra enfrentar a maratona, que pode
durar até 10 horas, Tamires avisa que é importante levar lanche, fruta,
suco, biscoito, garrafinhas d’água e também remédio para dor de cabeça.
Segundo a garota, é preciso dormir cedo e não acordar muito tarde, para
dar tempo de se organizar para a prova.
FONTE: NE10
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