No dia 5
de outubro, comemora-se, em todo o País, o Dia da Micro e Pequena
Empresa. O segmento que representa 99% dos negócios brasileiros. A data
que celebra os pequenos negócios foi criada em
1999, quando foi sancionado o então Estatuto da Microempresa e da
Empresa de Pequeno, a Lei 9.841 de 5 de outubro de 1999, regulamentada
pelo decreto 3.474 de 19 de maio de 2000.
Anos mais tarde, uma mudança no curso da política brasileira transformaria a história das microempresas do País, abrindo espaço para uma nova conquista: a aprovação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Sancionada em 2006 e já em vigor, a lei criou o Simples Nacional para reduzir a carga tributária e simplificar processos, além de mecanismos que asseguraram o acesso ao crédito, à inovação tecnológica e às compras governamentais.
Anos mais tarde, uma mudança no curso da política brasileira transformaria a história das microempresas do País, abrindo espaço para uma nova conquista: a aprovação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Sancionada em 2006 e já em vigor, a lei criou o Simples Nacional para reduzir a carga tributária e simplificar processos, além de mecanismos que asseguraram o acesso ao crédito, à inovação tecnológica e às compras governamentais.
O perfil
dos profissionais autônomos no Brasil mudou radicalmente depois da
vigência da Lei Complementar 123/2006. A lei – que estabelece normas
relativas ao tratamento diferenciado e favorecido
a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte – é, para
o presidente da Femicro-PE e Comicro, José Tarcísio da Silva, o
benefício que faltava aos profissionais autônomos.
De
acordo com José Tarcísio, a Lei trouxe muitos benefícios para as
empresas qualificadas como Microempresas ou Empresas de Pequeno Porte
optantes pelo Simples Nacional, destacando que “a lei apresenta
várias vantagens competitivas às pequenas empresas para que estas
participem de licitações, por exemplo. Mas, com certeza, o principal
benefício foi a unificação dos impostos que desburocratizou a vida dos
micro e pequenos empreendedores”.
Antes da
promulgação da lei, lembra José Tarcísio, a situação das micro e
pequenas empresas era uma “parafernalha” de documentos e burocracias.
Não havia uma sincronicidade quanto às datas de pagamento
dos impostos e à quantidade de guias de pagamentos. “Então, era quase
impraticável ser micro e pequena empresa”, atesta.
Apesar
do avanço, ainda há desafios a serem superados pelos microempreendedores
e, também, pelas federações e associações. Na visão de José Tarcísio, o
primeiro desafio é unir o seguimento através
das associações, federações e da confederação. O segundo se constitui
na redução dos impostos, que ainda são pesados demais. Além disso, ele
destaca para o acesso às tecnologias e ao crédito como sendo desafios
para o fortalecimento do setor.
Neste
aspecto, José Tarcísio salienta que é possível pensar em estratégias
nacionais para micro e pequenas empresas mesmo diante de cenários tão
complexos e diferentes quando comparadas as realidades
Norte-Nordeste com o eixo Sul-Sudeste. “Essa diferença sempre existiu e
no passado com mais ênfase. A Lei Complementar 123/06, veio criar um
marco regulatório na vida das ME e EPP, já mostrou eficiência nisso. É
preciso aperfeiçoar essa lei complementar e
buscar políticas públicas mais agressivas. Apesar das diferenças
regionais, o salário mínimo é padrão, os impostos se assemelham. O que
temos que ter é um trabalho específico para incentivar essas ME através
de Arranjos Produtivos Locais (APLs), por exemplo.
Mas, no geral, a ME do menor estado do Brasil é igual a ME do maior
estado”, conta.
Para
José Tarcísio, uma forma de garantir o fortalecimento deste setor é
preciso convencer o Congresso Nacional e o Governo Federal acerca da
importância das micro e pequenas empresas como uma
das maiores geradoras de emprego e renda no país. É neste ponto que a
Comicro e a Femicro (Federação das Associações de Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte) passam a ter um papel de mais destaque,
levando contribuições à Frente Parlamentar da Micro e
Pequena Empresa e também ao Governo Federal, demonstrando as
necessidades que tem esse segmento no país inteiro, buscando
desburocratizar o sistema, proporcionar novas tecnologias, acesso ao
crédito e convencer aos poderes públicos que as ME e EPP são o
sustentáculo
do Brasil.
Texto de Karina Rocha
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