Foto: JC Imagem
A decisão do PSB de deixar
os cargos que ocupava no governo federal reavivou os petistas que
defendem o mesmo em Pernambuco, no plano estadual e municipal. Logo após
a eleição municipal, o senador Humberto Costa (PT) e o deputado federal
João Paulo (PT) levantaram essa bandeira. A ala comandada pelo
ex-prefeito João da Costa (PT) trabalhou no caminho contrário, para
permanecer como aliado de primeiro escalão. Da mesma forma, divididos,
os petistas devem tratar da problemática na próxima reunião. “Não temos
pressa. Eles (PSB) tiveram todo esse tempo”, disparou o presidente
estadual, deputado federal Pedro Eugênio.
No governo do Estado, estão os petistas
Isaltino Nascimento, na Secretaria de Transportes, e Fernando Duarte,
com Cultura. Embora já tenha defendido a permanência no governo,
Isaltino soma-se agora às vozes em defesa da entrega dos cargos, segundo
os bastidores. Percorrendo o caminho pragmático, o petista estaria
olhando lá na frente, na eleição de 2014, quando pretende se reeleger
como deputado estadual. Caso deixe o governo estadual, volta à
Assembleia Legislativa, retirando a suplente, Isabel Cristina (PT).
Em 2012, Humberto e João Paulo foram
orientados a silenciar em relação aos rumos do PT em Pernambuco para não
complicar os interesses nacionais – a presidente Dilma Rousseff e o
ex-presidente Lula acreditavam poder convencer o governador Eduardo
Campos (PSB) a desistir do plano presidencial. Porém, com a recente
atitude, o PSB dá o primeiro passo para o vôo solo em 2014. A tendência
agora é que, mesmo divididos, o PT estadual dite qual o posicionamento
nas duas esferas locais de poder, sobrepondo-se às vozes dissonantes.
No comando da Secretaria de Habitação do
Recife, Eduardo Granja (PT), que entrou pela cota de João da Costa,
acredita que, até o momento, não foram apresentados motivos reais que
sustentem um rompimento. Para ele, sair só por uma questão de
alinhamento eleitoral não é suficiente.
“Tenho aqui todo o respaldo do prefeito
(Geraldo Julio), estamos avançando nas ações. Seria até difícil explicar
um afastamento para a população”, disse Eduardo Granja. O comando do PT
municipal, mais próximo do ex-prefeito João da Costa, é resistente a
deixar o governo municipal – isso levaria a um isolamento pouco
frutífero do ponto de vista eleitoral.
Fonte: NE10
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