O Náutico, representante de Pernambuco na elite do Brasileiro, é o lanterna isolado da competição, com apenas 9 pontos, tendo sido o único time da competição até agora a não atingir os dois dígitos. Ontem, perdeu para o Grêmio por 2x0 em plena Arena Pernambuco, sua nova casa, a qual parece que o Timbu ainda não se adaptou, acostumado ao Caldeirão dos Aflitos.
Para se ter uma idéia da situação do Náutico na competição, o Timbu tem seis pontos a menos que a vice-lanterna (Ponte Preta) e 13 pontos a menos que o Flamengo, o primeiro time fora da zona de rebaixamento. Para escapar da degola, o alvirrubro terá que ter um aproveitamento de mais de 60% no resto da competição, equivalente aos atuais líder Cruzeiro e vice-líder Botafogo.
O Sport, representante da Série B, que perdeu por 4x2 para o lanterna ABC, em Natal, após ter figurado por várias rodadas no grupo de acesso, entrou em queda livre e já está na oitava posição, com seis pontos de diferença em relação ao Joinville, o atual quarto colocado. O rubro-negro trocou de técnico, e vive um momento muito tumultuado na competição, torcedores insatisfeitos.
Já o Santa Cruz, que representa o estado na Série C, vem patinando na competição onde era considerado um dos favoritos. A exemplo do Sport na Série B, o Santa também figurou no G-4 em seu grupo, mas entrou em queda livre e está agora na incômoda oitava posição, com quatro pontos a menos que o Brasiliense, atual quarto colocado. Pior ainda para o torcedor coral é que apenas três pontos e uma posição o separam da zona de rebaixamento à Série D - o Cuiabá é o nono colocado, com 18 pontos, e cairia para a quarta divisão se a competição terminasse hoje.
Péssimas administrações, diretores que pensam pequeno, que não preparam devidamente as equipes para competições tão importantes. Esse é o quadro que vivem o Leão, o Timbu e a Cobra Coral. Caso o campeonato acabasse hoje, Pernambuco mais uma vez não teria representante na elite. Será que dá pra reverter esse quadro sombrio que paira sobre o futebol pernambucano há anos?
É possível reverter esse quadro. Lembremos o exemplo da Bahia, que em 2006 teve a desonra de ter seus dois principais representantes - Vitória e Bahia - disputando juntos a Série C após terem sido rebaixados juntos da Série B em 2005. Tanto um quanto o outro executaram grandes planejamentos, fizeram trocas necessárias. Hoje, o Leão da Barra e o Tricolor de Aço disputam a elite do Brasileirão, fazendo razoáveis campanhas. Há esperança para Pernambuco. Mas do jeito que tá, não pode ficar.
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