O clima deve seguir quente em Caruaru (Agreste Central, a 135 km do Recife) pelo menos até a próxima terça-feira (11), quando os vereadores votam o reajuste de salários, na última sessão do ano. Presidente da Comissão de Legislação e Redação de Leis, o vereador Rogério Meneses (PT), embora se mostre simpático ao aumento, diz que ainda não se decidiu.
Segundo o petista, o momento é de analisar o projeto, de maneira que, caso venha a ser constatada alguma inconstitucionalidade - o que é improvável, na opinião do vereador - seja prontamente questionada. 'Até agora, não foi constatada nenhuma (inconstitucionalidade)', reafirma Meneses, adiantando que a maioria na Casa tem se mostrado favorável ao reajuste.
Extensivo a prefeito, vice e secretários, o eventual reajuste corrigiria 'injustiças', como consideram alguns integrantes da Câmara. Hoje, os vereadores de Caruaru ganham R$ 9 mil, 10% a menos do que os secretários municipais. Já o presidente da Câmara chega a receber R$ 18 mil, mais até do que os R$ 16 mil do prefeito José Queiroz (PDT). Ainda não foi definido se o aumento, caso aprovado, vigora a partir do próximo ano ou de 2014.
Questionado a respeito de um possível efeito cascata, o petista minimizou a hipótese. 'Todo ano tem reajuste de servidor, mas não de vereador', pontuou, sublinhando que o reajuste é previsto por lei (em Caruaru, a Câmara concede aumento a cada quatro anos).
Movimento - Embora o respaldo jurídico baseie a defesa dos vereadores, o entendimento em alguns setores sociais é de que a medida excede o bom senso. Desde o começo da semana, estudantes, professores e trabalhadores têm se movimentado nas proximidades da Câmara, em protesto contra o aumento. Ontem, novamente, manifestantes levaram cartazes questionando o reajuste, em frente à Câmara.
Fonte: Blog do Magno Martins
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