Foto: O Globo |
Neste pleito, Geraldo Alckmin amargou apenas a quarta colocação, com 4,88% dos votos válidos, superando o pior desempenho do partido, em 1989, também na quarta colocação com Mário Covas, mas que pelo menos alcançou 11% das intenções de voto. Alckimin perdeu para Bolsonaro, Fernando Haddad e Ciro Gomes (PDT).
O PSDB não conseguiu esse ano cativar os eleitores mais conservadores, que têm lhe dado sustentação nas últimas eleições presidenciais, aqueles identificados como "anti-PT". Isso por que um candidato de direita apareceu e está com favoritismo para vencer essa eleição, que é o Bolsonaro.
Agora, o PSDB, se quiser voltar a ter o protagonismo que antes tinha, terá que se reinventar. O partido, nos anos seguintes a 2014, se envolveu em polêmicas diversas. Após ter tido o melhor desempenho nas eleições que perdeu, com Aécio Neves, o partido recebeu a pecha de "golpista" ao aderir ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), e após ter apoiado o governo Michel Temer (MDB), o partido, mesmo lançado candidatura própria, não conseguiu descolar sua imagem do governo que tem o maior índice de impopularidade da história.
Além do crescimento de Bolsonaro e da participação no impopular governo Temer, o PSDB ainda enfrenta brigas internas. Geraldo Alckmin e João Dória, atualmente as duas maiores estrelas do partido, têm atacado um ao outro. Some-se isso a inúmeras acusações contra Aécio Neves e também ao falecimento de Sérgio Guerra ainda em 2014, que era tido como "pulso firme" pelo partido. E assim o PSDB, caso não se reinvente, poderá fracassar mais ainda.
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