quarta-feira, 17 de abril de 2013

PPS APROVA FUSÃO COM O PMN E CRIA O PARTIDO DA MOBILIZAÇÃO DEMOCRÁTICA


Em congresso extraordinário, PPS aprova fusão com PMN
Foto: Divulgação
Em congresso extraordinário, PPS aprova fusão com PMN Divulgação
BRASÍLIA — No mesmo dia que deve ser votado na Câmara o projeto que limita a criação de novos partidos, o Partido Popular Socialista (PPS) aprovou, em congresso extraordinário nesta quarta-feira, a fusão com o Partido da Mobilização Nacional (PMN). O novo partido vai atuar junto à oposição ao governo federal e nasce com 13 deputados federais, 58 estaduais, 147 prefeitos e 2.527 vereadores. À tarde, os dois partidos se reúnem para oficializar a união que dá origem à Mobilização Democrática (MD).


A fusão e a criação da nova legenda abrirão janela para que deputados e políticos que estão insatisfeitos em seus partidos migrem para o novo grupo, sem o risco de perder o mandato e ainda levando o percentual do fundo e o tempo de TV proporcionais aos votos que receberam. Nos bastidores, a expectativa é de que pelo menos 15 deputados aproveitem a janela.
A nova legenda surge como uma força importante e poderá fortalecer a candidatura à Presidência da República do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Ontem, o governo aprovou a urgência do projeto que limita os direitos das novas legendas. Os partidos contrários à aprovação da nova regra reagiram, acusando o PMDB e o PT de golpismo.
Se aprovado, o projeto irá prejudicar partidos em formação, como a Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva, e o Solidariedade, que está sendo montado pelo presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP).
Pelas regras do projeto, os novos partidos terão direito a cotas mínimas do fundo e do tempo de TV. Muda, assim, entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, que garantiu nas eleições de 2012 ao PSD — criado em 2011 e sem nenhum deputado federal eleito — direitos proporcionais ao número de parlamentares que o partido atraiu de outras legendas.
Para o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), a fusão antes da aprovação do projeto que limita a criação de novos partidos garantirá à nova legenda os mesmos direitos que teve o PSD.
— Um novo partido, com a fusão que ocorrer antes da publicação do projeto, viverá situação idêntica à do PSD — disse Freire, na terça-feira
A pressa na formalização da fusão do PPS-PMN, no entanto, será questionada judicialmente, segundo o líder do PTB, senador Gim Argelo (DF), avisou a Eduardo Campos. O argumento é que o PMN não publicou edital de convocação da convenção nacional.

Fonte: Jornal O Globo

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