- Retrato da apresentadora do SBT Rachel Sheherazade, que apresenta o SBT Brasil
Quarenta e oito horas depois de divulgar a opinião de sua apresentadora, Rachel Sheherazade, em defesa do grupo que agrediu um suposto assaltante e o prendeu nu, em um poste, no Rio, o SBT abriu espaço para que ela tentasse esclarecer a sua polêmica declaração.
"Não defendi a atitude dos justiceiros. Defendi o direito da população de se defender quando o Estado não chega. O que não se pode é confundir o direito de se defender com a barbárie. Não defendo a violência. Defendo a paz'', disse.
Seu companheiro de bancada, Joseval Peixoto, a entrevistou ao vivo. "Você, uma mulher cirstã, é a favor da violência?'' Ela respondeu: "Absolutamente não. Sou uma pessoa do bem. Jamais defenderia a violência. Defendo as pessoas de bem neste pais, as pessoas que foram abandonada à própria sorte''.
Na terça-feira (04), a apresentadora havia referido ao adolescente agredido e preso com um cadeado de bicicleta como "o marginalzinho amarrado ao poste". E disse: "Num país que sofre de violência endêmica, a atitude dos vingadores é até compreensível". Também observou: "O Estado é omisso, a polícia desmoralizada, a Justiça é falha… O que resta ao cidadão de bem, que ainda por cima foi desarmado? Se defender, é claro". E finalizou: "O contra-ataque aos bandidos é o que chamo de legítima defesa coletiva de uma sociedade sem Estado contra um estado de violência sem limite".
Ao relembrar o caso, o "SBT Brasil'' exibiu uma reportagem sobre casos recentes de ações de grupos que se autointitulam "justiceiros'' no Rio. Curiosamente, a ação considerada "compreensível'' por Sheherazade, foi chamada de "um dos casos mais chocantes'' pela repórter da emissora.
O comentário teve muita repercussão. Na quarta-feira (05), o Partido Socialismo e Liberdade (Psol) divulgou nota informando que irá formalizar no Ministério Público representação contra a emissora e a apresentadora por apologia ao crime. Na visão do partido, Sheherazade e o SBT "fizeram incitação ao crime, à tortura e ao linchamento."
Em carta divulgada nesta quinta-feira (06), o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro e a Comissão de Ética da entidade também se manifestaram em repúdio às declarações da apresentadora.
O sindicato quer que a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) ''investigue e identifique as responsabilidades neste e em outros casos de violação dos direitos humanos e do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, que ocorrem de forma rotineira em programas de radiodifusão no nosso país''.
(Com informações do Blog do Mauricio Stycer)
Leia mais em: http://zip.net/bcmkgk
FONTE: BOL NOTÍCIAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário