segunda-feira, 5 de maio de 2014

Nova trama das sete, "Geração Brasil" estréia com núcleo recifense

Johnny Hooker, Samuel Vieira, Chandelly Braz e Julia Konrad em selfie coletivo durante as gravações das cenas no Recife, em fevereiro / Foto: Julia Konrad

Johnny Hooker, Samuel Vieira, Chandelly Braz e Julia Konrad em selfie coletivo durante as gravações das cenas no Recife, em fevereiro

Foto: Julia Konrad

Novela ambientada no Nordeste costuma sair com a mesma fórmula: pronúncia treinada no Projac em vogais abertas, enredo mitológico e, vez por outra, uma praia de fundo. Além disso, pode-se dizer que Nordeste na teledramaturgia é basicamente Bahia. Mais: a Bahia e seu sincretismo. Novelas como o recente remake de Gabriela (2012) e as tramas Porto dos Milagres (2001) e Tieta (1989), por exemplo, ambas adaptações da obra de Jorge Amado, seguiam sempre a receita do imaginário do escritor. Por isso tudo que a nova novela das sete, Geração Brasil (ou G3R4ÇÃO BR4SIL), que estreia nesta segunda-feira (5), chama atenção. Tendo um núcleo recifense, a trama foge do óbvio com o time de atores locais.
Chandelly Braz, Johnny Hooker, Julia Konrad e Samuel Vieira levam para Geração toda a “galerosidade” recifense – como o próprio Hooker contou em entrevista ao Caderno C (leia aqui). Pernambucanos na ficção e na vida real, eles entram na história retratando um Recife antenado, tecnológico. 
A trama apresenta Chandelly em um dos papéis principais da história, onde interpreta Manu Yanes, uma engenheira que é uma hacker “do bem”. Samuel Vieira, que anos atrás integrava a banda Mombojó, faz seu primeiro personagem fixo em novelas, interpretando o irmão de Manu, Igor, um músico que tem uma banda com os personagens de Johnny e Julia – a Navegabeat. Depois que seu pai na trama – vivido pelo paraibano Luiz Carlos Vasconcelos – é preso, ele entra em crise.
“É um personagem que sofreu um trauma com a morte da mãe na infância e fica muito ligado à família. Quando o pai é preso, ele tem um surto e descobre que sofre de transtorno bipolar”, explica Samuel, que já havia feito participações em outros folhetins globais: Da cor do pecado (2004) e Passione (2011), dirigidos por Denise Saraceni. 
Com núcleos nos Estados Unidos, no Rio e no Recife, a novela tem na parcela pernambucana da história a sua maior dramaticidade, segundo Samuel – outro ponto diferencial da obra, já que os nordestinos na teledramaturgia são sempre retratados como figuras humorísticas. 
ESTREIA - Cara nova na TV, a pernambucana Julia Konrad interpreta Jana, namorada de Igor. Nascida no Recife, mudou-se ainda criança para Buenos Aires e quando concluiu a vida escolar, passou uma temporada estudando em Nova Iorque. Julia voltou ao Brasil em novembro passado para morar no Recife e procurar trabalhos como atriz pelo País. Numa dessas, fez um teste na Globo por acaso e ganhou o papel. “Fui ao Rio fazer um cadastro de ator, que todo mundo que quer trabalhar na Globo faz. É um cadastro padrão. A gente leva o currículo e grava um monólogo. No dia que fui, estavam procurando atores do Recife para fazer a novela e me chamaram para o teste”, conta ela, que foi confirmada no elenco em dezembro.

FONTE: JC ONLINE

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