Num ato marcado por afagos e
rememorações políticas, o DEM e o Solidariedade formalizaram nesta
segunda-feira (5) o apoio aos candidatos da Frente Popular. Apesar das
divergências políticas até 2006, período em que o deputado federal
Mendonça Filho (DEM) perdeu a eleição majoritária para o ex-governador
Eduardo Campos (PSB), a reunião de hoje teve direito a elogios por Paulo
Câmara aos projetos do governo antecessor, duramente criticados na
época pelo grupo de Eduardo.
“Paulo Câmara é bom caráter, tem uma
excelente formação, uma história de dedicação ao serviço público e teve
papel fundamental no sucesso do governador Eduardo Campos. Esta aliança
tem como horizonte um futuro melhor para o povo pernambucano”, afirmou o
presidente estadual do DEM, Mendonça Filho.
Figuras representativas dentro do DEM,
como a vereadora Priscila Krause e o deputado estadual Maviael
Cavalcanti, levaram falta no encontro. Krause é uma das vozes de
oposição à gestão do prefeito do Recife, Geraldo Julio, na Câmara do
Recife. Já Maviael afirmou na semana passada que não tentaria reeleição,
mas foi convencido, por correligionários, a entrar na disputa.
O Salão Mauro Mota do Mar Hotel, em Boa
Viagem, estava repleto de lideranças do DEM dispostas a conhecer Paulo
Câmara, o candidato do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. Com
consciência do seu desconhecimento, Câmara apresentou-se ao público
presente.
“Eu conto com o apoio de todos que estão
aqui. Saiam hoje dizendo que me conheceram, porque muitos ainda não
tinham oportunidade de me conhecer. Vamos começar esse trabalho de porta
em porta. Conto com o apoio de todos vocês. Lembrem de Eduardo Campos e
saibam que em 2015 eu vou retribuir isso com muito trabalho”, disse
Câmara.
Com a adesão do DEM e do Solidariedade, a
Frente Popular soma o apoio de 20 siglas com Paulo Câmara, Raul Henry e
Fernando Bezerra Coelho.
Responsável por um dos discursos mais
críticos do ato, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, um dos
coordenadores da campanha de Paulo Câmara, criticou indiretamente o
senador Armando Monteiro Neto (PTB) afirmando que ele estava agarrado ao
que “todos nós vimos dar errado na cidade do Recife”.
Questionado sobre a postura mais
incisiva durante a reunião, Geraldo rebateu afirmando que a forma do PSB
de fazer campanha eleitoral não é de ataque. “Nossa forma de fazer
campanha é conversando com a população, preparando o programa de
governo, assumindo os compromissos com a população e se colocando a
disposição das eleições”, afirmou.
“Agora, quando a gente é vítima de
ataque a gente tem todo direito de se defender. E isso vai acontecer.
Nós não vamos para a rinha, não vamos para arenga e não vamos para
intriga. A gente vai fazer a campanha limpa como sempre fez, mas a gente
tem o direito de se defender”, justificou Geraldo Julio.
FONTE: BLOG DE JAMILDO
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