Da Folhapress
Foto: Gabriela Korossy/ Câmara dos Deputados
O recém-criado Conselho
Nacional de Direitos Humanos (CNDH) acionará a Procuradoria Geral da
República contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) nesta quinta-feira
(11) devido ao seu discurso, no plenário da Câmara na terça-feira (9),
em que afirmou que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS)
porque ela "não merece".
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Presidido pela ministra Ideli Salvatti
(Secretaria de Direitos Humanos), o colegiado se reunirá com a vice
procuradora-geral da República, Ela Wiecko, às 17h. O Conselho também
entrará com uma representação junto à Comissão de Ética e Decoro
Parlamentar da Câmara para pedir a cassação do mandato de Bolsonaro,
reeleito para a próxima legislatura.
Bolsonaro atacou a petista ao rebater
discurso feito por ela minutos antes, no qual defendeu a Comissão da
Verdade e as investigações de crimes da ditadura militar.
A representação contra o deputado é o
primeiro ato oficial do conselho. Seus membros tomaram posse nesta
quarta-feira (10) durante a cerimônia de entrega do Prêmio Direitos
Humanos 2014, no Itamaraty.
Na ocasião, Ideli classificou a atitude
de Bolsonaro como gravíssima por ele ter ofendido Maria do Rosário da
tribuna da Câmara. "Desta vez foi gravíssimo porque foi da tribuna.
Outras vezes tinha sido no corredor, no plenário. Mas desta vez não. Ele
estava no exercício indiscutível do seu mandato. Ele estava na tribuna
incitando um crime hediondo", disse a ministra.
Quatro partidos já entraram com pedidos
de cassação contra o deputado no Conselho de Ética da Câmara. PT, PC do
B, PSOL e PSB defendem a perda do mandato do congressista.
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