Do JC Online
Humberto Costa afirmou que está satisfeito com a possibilidade de diálogo
Foto: Agência Senado/Divulgação
O deputado federal eleito do
PSB, Tadeu Alencar, ex-secretário do governo Eduardo Campos e
integrante da Executiva estadual do partido, deu sinais de que a legenda
pode se reaproximar do PT. Em entrevista à Rádio Jornal, na manhã dessa
terça-feira (28), o socialista afirmou que a aliança com o PSDB no
segundo turno, em apoio ao candidato Aécio Neves, foi circunstancial e
que o PSB deverá buscar, no Congresso Nacional, alianças com legendas
que tenham as mesmas bandeiras que as suas.
“Vamos continuar onde sempre estivemos,
defendendo a democracia, uma agenda de reformas, a população. Qualquer
agremiação partidária que por ventura tiver convergência nesses pontos,
nós teremos tranquilidade de estarmos juntos”, disse Alencar. “Vamos ter
uma pauta muito intensa no Congresso e é essa pauta que vai definir ao
lado de quem vamos estar”, acrescentou.
Em outro trecho, o ex-secretário afirma
que, apesar da aliança no segundo turno, o PSB não está automaticamente
ligado ao PSDB. “Não há, a priori, nenhum posicionamento de alinhamento
automático com os partidos que estão na oposição, porque o nosso projeto
era de fazer uma grande mudança com a eleição de Eduardo Campos. E, não
tendo sido possível, nem com Marina, cumprimos o papel de apoiar aqui o
projeto que pretendia fazer a renovação que o Brasil pede”, completou.
Também na Rádio Jornal, o senador
Humberto Costa, líder do PT no Senado, recebeu bem a notícia de que o
PSB está sem posicionamento definido e que há possibilidade de ser
reintegrado à base do PT. “Acho que é uma boa colocação. Eu pessoalmente
fico satisfeito com a possibilidade de nós podermos dialogar", afirmou o
senador. Questionado se já havia uma sinalização de aproximação entre
as duas legendas, o senador valorizou a abertura dos socialistas para o
debate. “Acho relevante que o PSB condicione seu posicionamento em
relação ao Congresso Nacional, em relação à sociedade, a um debate de
ideias, de propostas. O governo e o PT têm interesse de ouvir e discutir
propostas”, disse.
Humberto afirmou, ainda, que os dois
partidos sempre atuaram em campos convergentes. “O PSB historicamente
sempre teve uma posição de esquerda, sempre defendeu um projeto popular.
E eu encaro que esse posicionamento agora no segundo turno foi alguma
coisa excepcional, uma exceção nos posicionamentos no PSB”, completou.
DIVISÃO
O PSB já deu início ao processo de
avaliação para decidir a postura que terá no novo cenário político.
Ontem, o prefeito Geraldo Julio (PSB) se reuniu, em Brasília, com o
presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, e com o deputado federal
Beto Albuquerque - que disputou a vice-presidência com Marina Silva -
para avaliar o caso.
Segundo ele, o indicativo é de que a
legenda fique numa posição de independência, assim como ocorreu fez
quando anunciou a saída do governo federal no ano passado - com a
entrega dos ministérios que comanda. “Só foi um dia de conversa e não
falamos com muitas pessoas, mas a indicação é aquela que tomamos quando
saímos do governo, de ter liberdade para discutir assuntos de interesse
do Brasil”, disse. Uma reunião oficial entre os membros do PSB está
prevista para a próxima semana.FONTE: JC ONLINE
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