quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Tadeu e Humberto acenam para retorno da aliança PT-PSB



Do JC Online

Humberto Costa afirmou que está satisfeito com a possibilidade de diálogo / Foto: Agência Senado/Divulgação

Humberto Costa afirmou que está satisfeito com a possibilidade de diálogo

Foto: Agência Senado/Divulgação

O deputado federal eleito do PSB, Tadeu Alencar, ex-secretário do governo Eduardo Campos e integrante da Executiva estadual do partido, deu sinais de que a legenda pode se reaproximar do PT. Em entrevista à Rádio Jornal, na manhã dessa terça-feira (28), o socialista afirmou que a aliança com o PSDB no segundo turno, em apoio ao candidato Aécio Neves, foi circunstancial e que o PSB deverá buscar, no Congresso Nacional, alianças com legendas que tenham as mesmas bandeiras que as suas.
“Vamos continuar onde sempre estivemos, defendendo a democracia, uma agenda de reformas, a população. Qualquer agremiação partidária que por ventura tiver convergência nesses pontos, nós teremos tranquilidade de estarmos juntos”, disse Alencar. “Vamos ter uma pauta muito intensa no Congresso e é essa pauta que vai definir ao lado de quem vamos estar”, acrescentou.
Em outro trecho, o ex-secretário afirma que, apesar da aliança no segundo turno, o PSB não está automaticamente ligado ao PSDB. “Não há, a priori, nenhum posicionamento de alinhamento automático com os partidos que estão na oposição, porque o nosso projeto era de fazer uma grande mudança com a eleição de Eduardo Campos. E, não tendo sido possível, nem com Marina, cumprimos o papel de apoiar aqui o projeto que pretendia fazer a renovação que o Brasil pede”, completou.
Também na Rádio Jornal, o senador Humberto Costa, líder do PT no Senado, recebeu bem a notícia de que o PSB está sem posicionamento definido e que há possibilidade de ser reintegrado à base do PT. “Acho que é uma boa colocação. Eu pessoalmente fico satisfeito com a possibilidade de nós podermos dialogar", afirmou o senador. Questionado se já havia uma sinalização de aproximação entre as duas legendas, o senador valorizou a abertura dos socialistas para o debate. “Acho relevante que o PSB condicione seu posicionamento em relação ao Congresso Nacional, em relação à sociedade, a um debate de ideias, de propostas. O governo e o PT têm interesse de ouvir e discutir propostas”, disse.
Humberto afirmou, ainda, que os dois partidos sempre atuaram em campos convergentes. “O PSB historicamente sempre teve uma posição de esquerda, sempre defendeu um projeto popular. E eu encaro que esse posicionamento agora no segundo turno foi alguma coisa excepcional, uma exceção nos posicionamentos no PSB”, completou.
DIVISÃO
O PSB já deu início ao processo de avaliação para decidir a postura que terá no novo cenário político. Ontem, o prefeito Geraldo Julio (PSB) se reuniu, em Brasília, com o presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, e com o deputado federal Beto Albuquerque - que disputou a vice-presidência com Marina Silva - para avaliar o caso. 
Segundo ele, o indicativo é de que a legenda fique numa posição de independência, assim como ocorreu fez quando anunciou a saída do governo federal no ano passado - com a entrega dos ministérios que comanda. “Só foi um dia de conversa e não falamos com muitas pessoas, mas a indicação é aquela que tomamos quando saímos do governo, de ter liberdade para discutir assuntos de interesse do Brasil”, disse. Uma reunião oficial entre os membros do PSB está prevista para a próxima semana.

FONTE: JC ONLINE

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