Jair Bolsonaro e João Paulo se estranham durante sessão. |
A mensagem incendiou o plenário, e colaborou para o encerramento precoce da solenidade.
"Assassinos", gritaram militantes contrários à ditadura, erguendo cartazes com fotos de desaparecidos políticos, torturados e assassinados naquele período. Ante a gritaria, a faixa pró-militares foi recolhida pela Polícia Legislativa, a pedido do presidente da Sessão, deputado Almir Lando (PMDB-RO). Ele apelou para um ato da Casa que impede a exibição de cartazes.
Um dos deputados que "peitou" Bolsonaro foi João Paulo (PT-PE), que o questionou. "O que é que você veio fazer aqui, rapaz? - indagou João Paulo - "Você quer fazer provocação?". Segundo o petista, o parlamentar respondeu dizendo que foi "defender o seu lado, por que na revolução (ditadura), mataram muitos militares também".
Antes de ser encerrada, a sessão havia sido suspensa por duas vezes na tentativa de apaziguar os ânimos. Pouco deputados discursaram. Após Luiza Erundina (PSB-SP), Assis do Couto (PT-PR), Mauro Benevides (PMDB-CE) e Nilson Leitão (PSDB-MT), seria a vez de Bolsonaro. Mas o pronunciamento não chegou a ser feito por que a maioria dos presentes, inclusive deputados, deu as costas à tribuna. A sessão foi suspensa mais uma vez. "Vocês vão ser torturados com algumas verdades. Deixe-os de costas, presidente, por favor", pediu Bolsonaro, na tentativa, sem sucesso, de falar.
TEXTO DO DIÁRIO DE PERNAMBUCO
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