terça-feira, 1 de abril de 2014

50 anos do Golpe Militar

Há exatos 50 anos, o Brasil vivia um dos momentos mais tristes de sua história. Iniciava-se no dia 31 de março de 1964 a ditadura militar que duraria até 1985. Foi um período triste, em que várias pessoas foram cassadas, torturadas e até mortas.

Analistas acreditam que a ditadura já vinha sendo planejada desde 1954. Acontece que o suicídio de Getúlio Vargas colocou os planos por água abaixo, pois impopularizou os membros da UDN, que ainda tentariam impedir a posse de Juscelino Kubstscheck, sem sucesso. Em 1961, JK terminou o governo e assumiu Jânio Quadros, que renunciou com apenas sete meses de mandato. O vice, João Goulart, deveria assumir. Mas os militares e a ala conservadora reprovaram a posse, pois segundo deles, Jango, como era conhecido, possuía ligações com comunistas e partidos de esquerda. A solução foi colocar no Brasil o sistema parlamentarista. Assim, Jango assumiu com poderes limitados.

Em 1963, um plebiscito foi realizado e o povo votou pela volta do regime presidencialista. Jango assumiu com plenos poderes. Mas as reformas de base que o presidente propunha desagradava os conservadores, militares e pessoas ligadas aos Estados Unidos. Em 1964, João Goulart realizou um comício na Central do Brasil.

Ainda no mês de março, houve e Marcha da Família com Deus pela Liberdade. Mas no dia 31 de março, aconteceu o golpe: Jango foi derrubado do poder. Começou a época de cassações, torturas, prisões e assassinatos.

Curiosamente, os militares que assumiram o poder diziam que apenas queriam combater os comunistas. Mas cassaram várias pessoas que nem eram comunistas, a exemplo de JK, Jânio Quadros, Ademar de Barros, e até Carlos Lacerda, anticomunista de carteirinha, que havia apoiado o golpe.

Foram estes os cinco presidentes militares: Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, que governou de 1964 a 1967; Marechal Arthur da Costa e Silva, que governou de 1967 a 1969; General Emílio Garrastazzu Médici, que governou de 1969 a 1974; General Ernesto Beckmam Geisel, que governou de 1974 a 1979; General João Baptista de Oliveira Figueiredo, que governou de 1979 a 1985.

A Ditadura prendeu, torturou, matou e cassou mandatos de vários políticos. Miguel Arraes, Leonel Brizola, Fernando Henrique Cardoso, José Serra, entre tantos outros, foram exilados.

Apesar das repressões, os protestos contra a ditadura, só faziam crescer. Foi aprovada em 1979 a Lei da Anistia, que permitiu a volta de políticos exilados. Em 1984, várias pessoas lotaram a Catedral da Sé, pedindo a volta das eleições diretas. A Emenda Dante de Oliveira, que previa a volta das diretas, foi derrubada. Mas foi escolhido para ser presidente Tancredo Neves, que faleceu antes de tomar posse, assumindo o vice, Jose Sarney, encerrando 21 anos de Regime Militar.

Que esse tempo escuro e nefasto jamais volte no Brasil...


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