Dos times que são campeões brasileiros e times grandes que nunca foram rebaixados, estão Internacional, Cruzeiro, Flamengo, Santos e São Paulo - valendo ressaltar que estes dois últimos não participaram do Brasileiro de 1979, mas por opção.
Mas mesmo esses que nunca caíram já viveram sufoco e quase foram rebaixados. Acabaram beneficiados por regulamentos, resultados adversos, alguns deles até inimagináveis.
O Cruzeiro, atual bi-campeão brasileiro, já passou por esse sufoco em 1994, 2001 e 2011. Em 1994, o Cruzeiro somou 16 pontos, e o rebaixado Remo somou 17, enquanto o lanterna e também rebaixado Náutico somou 15. Só que o Cruzeiro se salvou mesmo somando menos pontos que o Remo por que para a queda, valia a contagem do hexagonal da morte, apenas, independente da contagem de pontos gerais. O Cruzeiro empatou com o Remo, mas levava vantagem no critério de desempate. Remo e Náutico foram os dois últimos colocados, e caíram, enquanto Cruzeiro respirou aliviado. Em 2001, o Cruzeiro se salvou do rebaixamento na penúltima rodada, ficou na 21ª posição entre 28 times. Caíam do 25º ao 28º; Em 2011, o Cruzeiro amargou a última posição entre os que permaneceram na elite. Foi o 16º após golear o Atlético/MG por 6x0, e acabaram rebaixados naquela temporada o Atlético/PR, o Ceará, o América/MG e o Avaí.
O Internacional viveu também esse mesmo sufoco, mas no ano de 2002. O Colorado chegou na última rodada na zona de rebaixamento, na 24ª posição. Se caíssem os times que já estavam na área da queda, iriam cair de uma vez só três grandes times: Palmeiras, Internacional e Botafogo, que fariam companhia ao "intrometido" e já rebaixado Gama. O Internacional tinha mais chances de cair, pois precisava vencer o Paysandu no Mangueirão - o que não seria tarefa fácil, pois o Mangueirão sempre foi conhecido como o Caldeirão de Belém - e ainda torcer para dois baianos: O Vitória, que jogaria contra o Palmeiras, e o Bahia, que enfrentaria a Portuguesa. Mas para a torcida colorada, o fim foi de alívio, pois o Internacional venceu o Paysandu - que não brigava por mais nada - dentro do Mangueirão, por 1x0. Mas só vencer não bastava, precisava ainda dos resultados que o ajudassem. E teve. O Vitória venceu o Palmeiras por 4x3, rebaixando o Verdão e o Bahia mandou a Portuguesa pra zona de rebaixamento ao vencê-la por 2x0. O Internacional conseguiu ainda ficar duas posições acima da área de queda com o empate do Paraná. O Internacional ficou na 21ª posição, e caíram Portuguesa, Palmeiras, Gama e Botafogo.
O Flamengo também viveu esse sufoco, por várias vezes, mas em especial, no ano de 2001. O Flamengo chegou à última rodada precisando vencer pra não cair. O Sport já havia caído, e ainda brigavam contra a queda Flamengo, Santa Cruz, Juventude, América/MG e Botafogo/SP. O Flamengo pegou o Palmeiras em Juiz de Fora. Detalhe é que Botafogo/SP foi goleado pelo Gama e o América/MG empatou com o Juventude, e foram rebaixados o time paulista e o time mineiro. Restavam ainda na briga Santa Cruz e Flamengo. O Tricolor do Arruda tinha uma missão difícil, pois precisava vencer o Guarani fora de casa, e torcer pelo Palmeiras contra o Flamengo. O Santa fez sua parte e venceu o Guarani por 2x1, mas o Flamengo venceu e escapou do rebaixamento por um triz, ficando a uma posição e dois pontos do Santa Cruz, que foi o último rebaixado naquele ano.
O São Paulo também passou pelo sufoco, mas sempre chegou à última rodada já livre da queda. Os mais recentes foram 1998, 2005 e 2013. Em 2013, o São Paulo chegou a ser vice-lanterna por várias rodadas. A chegada de Muricy Ramalho e a reação tricolor fizeram o São Paulo sair da vice-lanterna para o meio da tabela, se safando da queda.
O Santos, que também jamais foi rebaixado, mas passou inúmeras vezes pelo temor de disputar a Série B. A mais recente foi em 2008, quando entrou na zona de rebaixamento várias vezes. Escapou da queda na última rodada, em um "clássico de rebaixáveis" contra o Náutico. Santos e Náutico ficaram apenas no empate e os dois comemoraram a permanência, deixando para trás Figueirense, Vasco, Portuguesa e Ipatinga.
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