domingo, 31 de maio de 2015

Em junho, Limoeiro vivencia o maior São João da região

Pamonha, canjica, pé de moleque, crianças brincando ao redor das fogueiras, fogos de artifícios colorindo o céu, tudo isso ao som da velha sanfona, triângulo e zabumba. Limoeiro se prepara para vivenciar um dos maiores festejos juninos de sua história. Uma das mais tradicionais festas populares terá grandes novidades nesta edição 2015. Dos dias 23 a 28 de Junho, a cidade será dividida em dois principais focos juninos: o pólo da Tradição Junina, homenageando Carlos Alfeu (em memória) e o pólo Multicultural, homenageando Belo Cirandeiro.
E o arrasta-pé vai “correr solto” nas imediações da Praça da Bandeira, onde será montado o Palhoção Carlos Alfeu. Em homenagem a esse grande radialista, o local servirá de palco para diversas atrações genuinamente da tradição junina. As mais contagiantes canções dos trios pé de serra, rodas de ciranda e o som alegre do coco, farão do local um grande arraiá que ninguém ficará de fora.
O espaço ainda vai contar com parque de diversões para animar a criançada; vila cenográfica que contará um pouco da história de Limoeiro de forma muito cômica; a feirinha do artesanato e as barracas de comidas típicas que enfeitarão os arredores da principal praça da cidade. E para quem gosta de diversão, a programação vai oferecer corrida de jerico, quebra panelas, pau de sebo, corrida com saco e a disputadíssima corrida da fogueira.
Já o polo multicultural será instalado, mais uma vez, no Parque de Exposições Doutor Ênio Guerra, às margens da PE-50 e receberá diversas atrações musicais de repercussão nacional. A exemplo de Henrique & Juliano, Aviões do Forró e Wesley Safadão. Quem também vai animar essa grande festa são as bandas Gabriel Diniz, Cheiro de Amor, Banda Eva, Pinga Fogo e Anjos do Forró.
A Prefeitura de Limoeiro vai garantir que os festejos também aconteçam na zona rural do município. Apoios de infraestrutura e atrações musicais serão espalhados pelas diversas comunidades e distritos, somando mais de 50 focos de animação. Se depender da gestão municipal, as antigas tradições populares serão mantidas e repassadas de geração para geração, a esse povo limoeirense que mantém sempre viva em seus corações a sua cultura nordestina.
CARLOS ALFEU
HOMENAGEADO DO PALHOÇÃO
Carlos Alfeu de Silva Arruda, nasceu em 28 de abril de 1960, em São Luiz do Maranhão. Filho de Maria do Carmo da Silva Arruda e João de Arruda Cabral, que geraram outros 07 filhos. Chegou em Limoeiro criança pequena, há empo de aprender a dar aqui seus primeiros passos. Viveu sua infância e sua adolescência na Rua Santa Eliza. Antes mesmo de completar seus 16 anos, movido por uma inquietante curiosidade e fascínio pelo mundo do rádio, começou a frequentar as instalações da antiga Radio Difusora, afinal, queria muito descobrir como aquelas vozes chegavam até o velho rádio de seu estimado tio Paulo Arruda. De tanto frequentar a rádio, cativou o então diretor de programação, Aníbal Veras. Seu primeiro trabalho pra valer foi como Controlista (operador de mesa de som) do programa Praça da Saudade.
Já nessa época, casou-se com Verônica, união da qual gerou 03 filhos, Luana Gabriela, Magno Vinícios e João Paulo, o caçula, que desafortunadamente faleceu recém nascido.
Carlos Alfeu levou sua voz ao ar pela primeira vez participando do plantão esportivo da Rádio Difusora. O jovem perseverante realizara então o seu grande sonho: não apenas aprendera como as vozes chegavam ao rádio do seu tio, mas conseguira colocar sua própria voz no aparelho.
A partir de então foram quase 40 anos dedicadas ao radialismo. Rádio Difusora, Rádio Jornal, Cultural FM, Planalto de Carpina… Uma jornada de muita luta pela rádio do interior, idas e vindas, aé uma Copa América cobrindo a seleção canarinha “no peito e na raça”. Passou a fazer parte e ajudar a escrever a história da rádio na região. Lutou pelo povo, seus ouvintes. Ficou conhecido como “A voz da verdade”. Trouxe notícia, o jornalismo participativo, a luta pela comunidade, mas também o esporte, a cultura e o humor. Quem não recorda da inesquecível “A Bagaceira”? Que comandou junto a Revista da Manhã e Revista do Almoço até seus últimos dias aqui neste plano.
Fez sua passagem no dia 13 de novembro de 2014, deixando aqui essa legião de pessoas saudosas, um pouco sentidas com a sua falta, mas também orgulhosas e felizes por tantos momentos inesquecíveis.
BELO CIRANDEIRO
HOMENAGEADO DO SÃO JOÃO DE LIMOEIRO
Sebastião José do Nascimento, conhecido como Belo Cirandeiro, nasceu do Sítio Perua Choca, no município de Limoeiro, no dia 28 de julho de 1942. Com poucos dias de nascido seus pais mudaram-se para o Sítio Boi Seco, onde o mesmo viveu sua infância.
Aos 07 anos de idade foi matriculado em uma escola, e sua primeira professora se chama Dona Dina. Aos 18 anos de idade, mudou-se para a cidade de Limoeiro e juntando-se com os seresteiros, comprou um violão e iniciou sua carreira artística, cantando música de grandes nomes, como: Nelson Gonçalves, Orlando Dias, Augusto Calheiros, Vicente Celestino e Silvin, e outros e outros ídolos e etc.
Em 1971, Belo Cirandeiro casou-se, e com pouco tempo realizava trabalhos como repentista. Fazendo versos criados na hora, com sua inspiração. Em 1982, criou um grupo musical com seus instrumentos próprios que fez vários shows, que também fez um king-kong e fazia vários shows com um homem vestido de macaco.
Como carnavalesco, inventou o burro elétrico, um jumento carregando um par de caçamba, com um som e com duas caixas com autofalantes que alimentava o som para um microfone, que ele carregava no pescoço, e para um violão que conduzia no peito. Cantando música de Capiba e outros cantores carnavalescos. E em 1994, entrou no mundo da ciranda, Belo Cirandeiro, criou e ainda cria inúmeras composições de ciranda de sua autoria, poesias feitas que levaram meu nome, seus sentimento e suas inspiração, aos quatro cantos do estado. Nos dias de hoje, além da ciranda, Belo também possui um grupo de forró, que é o Forró do Quintal, com Belo Cirandeiro e seus regionais.
 DIPML

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