Pamonha,
canjica, pé de moleque, crianças brincando ao redor das fogueiras,
fogos de artifícios colorindo o céu, tudo isso ao som da velha sanfona,
triângulo e zabumba. Limoeiro se prepara para vivenciar um dos maiores
festejos juninos de sua história. Uma das mais tradicionais festas
populares terá grandes novidades nesta edição 2015. Dos dias 23 a 28 de
Junho, a cidade será dividida em dois principais focos juninos: o pólo
da Tradição Junina, homenageando Carlos Alfeu (em memória) e o pólo
Multicultural, homenageando Belo Cirandeiro.
E
o arrasta-pé vai “correr solto” nas imediações da Praça da Bandeira,
onde será montado o Palhoção Carlos Alfeu. Em homenagem a esse grande
radialista, o local servirá de palco para diversas atrações genuinamente
da tradição junina. As mais contagiantes canções dos trios pé de serra,
rodas de ciranda e o som alegre do coco, farão do local um grande
arraiá que ninguém ficará de fora.
O
espaço ainda vai contar com parque de diversões para animar a
criançada; vila cenográfica que contará um pouco da história de Limoeiro
de forma muito cômica; a feirinha do artesanato e as barracas de
comidas típicas que enfeitarão os arredores da principal praça da
cidade. E para quem gosta de diversão, a programação vai oferecer
corrida de jerico, quebra panelas, pau de sebo, corrida com saco e a
disputadíssima corrida da fogueira.
Já
o polo multicultural será instalado, mais uma vez, no Parque de
Exposições Doutor Ênio Guerra, às margens da PE-50 e receberá diversas
atrações musicais de repercussão nacional. A exemplo de Henrique &
Juliano, Aviões do Forró e Wesley Safadão. Quem também vai animar essa
grande festa são as bandas Gabriel Diniz, Cheiro de Amor, Banda Eva,
Pinga Fogo e Anjos do Forró.
A
Prefeitura de Limoeiro vai garantir que os festejos também aconteçam na
zona rural do município. Apoios de infraestrutura e atrações musicais
serão espalhados pelas diversas comunidades e distritos, somando mais de
50 focos de animação. Se depender da gestão municipal, as antigas
tradições populares serão mantidas e repassadas de geração para geração,
a esse povo limoeirense que mantém sempre viva em seus corações a sua
cultura nordestina.
CARLOS ALFEU
HOMENAGEADO DO PALHOÇÃO
Carlos
Alfeu de Silva Arruda, nasceu em 28 de abril de 1960, em São Luiz do
Maranhão. Filho de Maria do Carmo da Silva Arruda e João de Arruda
Cabral, que geraram outros 07 filhos. Chegou em Limoeiro criança
pequena, há empo de aprender a dar aqui seus primeiros passos. Viveu sua
infância e sua adolescência na Rua Santa Eliza. Antes mesmo de
completar seus 16 anos, movido por uma inquietante curiosidade e
fascínio pelo mundo do rádio, começou a frequentar as instalações da
antiga Radio Difusora, afinal, queria muito descobrir como aquelas vozes
chegavam até o velho rádio de seu estimado tio Paulo Arruda. De tanto
frequentar a rádio, cativou o então diretor de programação, Aníbal
Veras. Seu primeiro trabalho pra valer foi como Controlista (operador de
mesa de som) do programa Praça da Saudade.
Já
nessa época, casou-se com Verônica, união da qual gerou 03 filhos,
Luana Gabriela, Magno Vinícios e João Paulo, o caçula, que
desafortunadamente faleceu recém nascido.
Carlos
Alfeu levou sua voz ao ar pela primeira vez participando do plantão
esportivo da Rádio Difusora. O jovem perseverante realizara então o seu
grande sonho: não apenas aprendera como as vozes chegavam ao rádio do
seu tio, mas conseguira colocar sua própria voz no aparelho.
A
partir de então foram quase 40 anos dedicadas ao radialismo. Rádio
Difusora, Rádio Jornal, Cultural FM, Planalto de Carpina… Uma jornada de
muita luta pela rádio do interior, idas e vindas, aé uma Copa América
cobrindo a seleção canarinha “no peito e na raça”. Passou a fazer parte e
ajudar a escrever a história da rádio na região. Lutou pelo povo, seus
ouvintes. Ficou conhecido como “A voz da verdade”. Trouxe notícia, o
jornalismo participativo, a luta pela comunidade, mas também o esporte, a
cultura e o humor. Quem não recorda da inesquecível “A Bagaceira”? Que
comandou junto a Revista da Manhã e Revista do Almoço até seus últimos
dias aqui neste plano.
Fez
sua passagem no dia 13 de novembro de 2014, deixando aqui essa legião
de pessoas saudosas, um pouco sentidas com a sua falta, mas também
orgulhosas e felizes por tantos momentos inesquecíveis.
BELO CIRANDEIRO
HOMENAGEADO DO SÃO JOÃO DE LIMOEIRO
Sebastião
José do Nascimento, conhecido como Belo Cirandeiro, nasceu do Sítio
Perua Choca, no município de Limoeiro, no dia 28 de julho de 1942. Com
poucos dias de nascido seus pais mudaram-se para o Sítio Boi Seco, onde o
mesmo viveu sua infância.
Aos
07 anos de idade foi matriculado em uma escola, e sua primeira
professora se chama Dona Dina. Aos 18 anos de idade, mudou-se para a
cidade de Limoeiro e juntando-se com os seresteiros, comprou um violão e
iniciou sua carreira artística, cantando música de grandes nomes, como:
Nelson Gonçalves, Orlando Dias, Augusto Calheiros, Vicente Celestino e
Silvin, e outros e outros ídolos e etc.
Em
1971, Belo Cirandeiro casou-se, e com pouco tempo realizava trabalhos
como repentista. Fazendo versos criados na hora, com sua inspiração. Em
1982, criou um grupo musical com seus instrumentos próprios que fez
vários shows, que também fez um king-kong e fazia vários shows com um
homem vestido de macaco.
Como
carnavalesco, inventou o burro elétrico, um jumento carregando um par
de caçamba, com um som e com duas caixas com autofalantes que alimentava
o som para um microfone, que ele carregava no pescoço, e para um violão
que conduzia no peito. Cantando música de Capiba e outros cantores
carnavalescos. E em 1994, entrou no mundo da ciranda, Belo Cirandeiro,
criou e ainda cria inúmeras composições de ciranda de sua autoria,
poesias feitas que levaram meu nome, seus sentimento e suas inspiração,
aos quatro cantos do estado. Nos dias de hoje, além da ciranda, Belo
também possui um grupo de forró, que é o Forró do Quintal, com Belo
Cirandeiro e seus regionais.
DIPML
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