Furto de medalha por Marin durante premiação da Copa São Paulo de Futebol Júnior aconteceu antes mesmo dele assumir o comando da CBF
AFP
A prisão do ex-presidente da
CBF José Maria Marin, junto com outros oito integrantes da FIFA na
manhã desta quarta-feira (27), em Zurique, em ação ordenada pela Justiça
dos Estados Unidos, foi a maior polêmica na qual o cartola brasileiro
já se envolveu. Um poco antes de assumir o comando da entidade máxima do
futebol nacional, entretanto, Marin se envolveu em diversas polêmicas.
Ele esteve no comando da CBF de 2012 até abril deste ano, quando passou a
faixa para Marco Polo Del Nero.
Confira as maiores polêmicas envolvendo o ex-presidente da CBF:
Uma medalha a menos
Apesar de ter sido governador de São
Paulo durante o período da ditadura militar, poucos conheciam José Maria
Marin antes dele assumir a CBF e a apresentação não foi das melhores.
Apenas dois meses antes de se tornar presidente, na ocasião da premiação
do Corinthians na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2012, o Marin
colocou uma medalha no bolso, deixando o goleiro campeão Matheus Vidotto
sem condecoração. Para se defender, o mandatário afirmou ter recebido a
cortesia da Federação Paulista de Futebol. No entanto, a primeira
impressão é a que fica.
Amigo das câmeras
Após renúncia de Ricardo Teixeira em
março de 2012, José Maria Marin assumiu um mandato "tampão". Apesar de
possuir a mesma base de aliados do sucessor, o mandatário mostrou
articulações políticas diferentes com relação aos jogadores, técnicos e
imprensa. Marin tentou se aproximar de críticos, interferiu na seleção e
ainda passou a frequentar o vestiário da equipe. Completamente oposto
ao antecessor, avesso aos jornalistas, Marin adorava dar entrevistas e
ser fotografado.
Foto: AFP
Santificado seja o nome dele
Não basta desembolsar R$ 70 milhões para
construir uma sede, ela tem que ser batizada com o nome de José Maria
Marin. A obra fica no Rio de Janeiro e é um dos maiores orgulhos do
presidente. A CBF gastou ainda R$ 15 milhões para reformar a Granja
Comary antes da Copa do Mundo.
Foto: Elza Fiúza/Abr
Mano fritado
Em julho de 2010, Mano Menezes assumiu a
seleção após Muricy Ramalho recusar o convite feito pelo então
presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Depois de algumas desavensas, ele
foi demitido por José Maria Marin. Na ocasião, o treinador era obrigado a
mostrar a lista de convocados para Marin antes de anunciar para a
imprensa.
Aposta no passado
Descontente com o trabalho do técnico
Mano Menezes, José Maria Marin voltou ao passado e escolheu Luiz Felipe
Scolari, pentacampeão em 2002, para comandar a equipe na Copa de 2014.
Ele colocou ainda Carlos Alberto Parreira no cargo de
coordenador-técnico. Medida foi criticada por muitos que preferiam novos
nomes na equipe.
A culpa foi de Felipão
Após a vergonhosa derrota da seleção
Brasileira para a Alemanha por 7x1, durante as semifinais da Copa do
Mundo no Brasil em 2014, José Maria criticou o técnico Luiz Felipe
Scolari dizendo que ele foi o grande culpado pelo maior vexame já
protagonizado pela seleção canarinha. Para ele, Scolari deveria ter
poupado Neymar no fim do jogo contra a Colômbia, quando o camisa 10
levou uma joelhada de Zúñiga e fraturou uma vértebra, desfalcando o
Brasil nas duas partidas seguintes.
Faltou bom senso
Em busca de mudanças, os jogadores se
organizam e criaram o Bom Senso F.C. Eles tinham como objetivo mostrar
que a CBF não tem bom senso, uma vez que nem ao menos ouviu as propostas
dels, que são a mão de obra do futebol.
FONTE: JC ONLINE
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