-
Fernando Bizerra/EfePatriota (esq.) cumprimenta Kerry no Itamaraty, em Brasília: sem recuo dos EUA
"Achamos que nosso serviço de inteligência protege a nossa nação, assim como outros povos. Continuaremos a fazê-lo", disse Kerry nesta terça-feira (13), ao negar que o governo norte-americano examine a possibilidade de suspender o monitoramento feito por suas agências a cidadãos.
O americano diz que o esquema de espionagem faz parte do sistema de segurança nacional americano, para garantir proteção não só para quem está nos Estados Unidos, mas também em outros países.
Ampliar
12.jul.2013
- O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e a presidente
Dilma Rousseff participam de cúpula do Mercosul em Montevidéu, no
Uruguai, nesta sexta-feira (12). No encontro, Dilma repudiou o esquema
de espionagem dos Estados Unidos que, segundo ela, "fere a soberania dos
países" Nicolas Garrido/Reuters
O secretário de Estado argumentou que as medidas de espionagem foram adotadas após o ataque às Torres Gêmeas, em Nova York, no dia 11 de setembro de 2001. O atentado foi atribuído à Al-Qaeda. De acordo com Kerry, foram implementadas ações para evitar que "inocentes sejam mortos" por organizações criminosas, como aconteceu em 2001. "Essas revelações sobre segurança nacional aborreceram algumas pessoas, mas não posso discutir as questões operacionais", disse o secretário.
Kerry ressaltou que o presidente Barack Obama está determinado a prestar os esclarecimentos pedidos pelos países sobre as agências norte-americanas. "Vamos nos esforçar para que esses problemas não interfiram sobre todas aquelas outras coisas. E vamos nos esforçar para fazer", reforçou.
Na entrevista, Kerry tentou minimizar o impacto que as denúncias de espionagem tiveram nas relações entre o Brasil e os Estados Unidos. Para ele, é preciso "enxergar adiante", observar parceria existente e o que é possível avançar na relação entre os dois países. "Peço ao povo brasileiro que se concentre nas realidades importantes entre os nossos países, que compartilham valores democráticos, e no empenho em favor da diversidade. Essas relações podem ter um impacto global positivo, se continuarmos trabalhando em parceria", afirmou.
Fonte: UOL Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário