Passou a Copa do Mundo. Os holofotes apagaram-se. Os estádios e arenas que receberam tantos brasileiros e estrangeiros agora estão vazios. O espetáculo acabou. Como diria Roberto Carlos, "o show já terminou".
Passado o torneio, que teve Alemanha como campeã, Argentina vice, Holanda terceiro lugar e o Brasil amargando um quarto lugar, é hora de juntar os cacos para uma reformulação urgente no futebol verde e amarelo.
Com a vitória da Alemanha sobre o Brasil por 7x1, a Canarinha teve pela terceira vez seguida adiado o sonho do Hexa. E o pior: dentro de casa. A humilhação sofrida no Mineirão foi pior ainda que a registrada na final de 1950, quando nossa seleção foi derrotada pelo Uruguai, pelo apertado placar de 2x1.
Isso não deve ser o fim do mundo. A humilhação imposta pelos germânicos deve abrir uma oportunidade para uma reviravolta que leve o Brasil a ser aquela seleção respeitada que sempre foi, principalmente no Século XX, quando ganhou quatro de seus cinco títulos mundiais.
O Brasil já mostrou em torneios recentes que apenas mudar o treinador não resolve. Pois desde 2006, quando fomos eliminados pela França, já experimentamos os novatos Dunga e Mano Menezes e o veterano Felipão, não dando em nada. Apenas ganhamos Copa das Confederações, Copa América, e Copa do Mundo que é bom, nada...
A mudança deve mesmo começar de cima. Abalada por denúncias de corrupção, a CBF tem mostrado que sua política não está dando certo. Negociações uma atrás da outra, algo que transforma a maior paixão do brasileiro em um comércio, não estão mais funcionando. Jogadores impostos por patrocinadores enquanto jogadores de verdadeiro talento ficam de fora da seleção. Algo que as seleções européias, principalmente a Alemanha, já repudiam há algum tempo.
Infelizmente, se essa mudança não ocorrer, o Brasil corre um sério risco de virar um Uruguai, campeão mundial de 1930 e 1950, mas que tem decaído muito, perdendo em força para o próprio Brasil e para a Argentina.
Já se vão 12 anos e 3 copas do mundo que o Brasil não levanta a taça. Mas esse não é o maior jejum da seleção: o Brasil, entre o tri e o tetra, passou 24 anos e 5 copas do mundo sendo deixada de lado na disputa da taça. Mas o Brasil precisa acordar. Alemanha e Itália já pressionam o Brasil, pois cada uma delas só tem uma taça a menos que nossa seleção, correndo o risco de uma delas, principalmente a Alemanha, empatar.
Será que agora acordaremos?
Em tempo: parabéns aos alemãos pela conquista. Jogaram um futebol bonito e digno de vitória. Mostraram simplicidade e bom tratamento no tempo que ficaram em solo brasileiro.
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