Após
a pré-estreia no mês de outubro na Caixa da Poesia no Museu do Cais do
Sertão (Recife ) o Centro de Criação Galpão das Artes ( Limoeiro ) segue
com outras apresentações
da comédia O Peru do Cão Coxo.
Trata-se
de uma obra do dramaturgo Ariano Suassuna neste sábado (21), às 20h ,
na praça João Suassuna , no centro da cidade de Taperóa e o acesso será
gratuito.
No
primeiro contato com o público ( pré estreia em Recife ), a montagem
teatral recebeu a apreciação dos familiares do escritor, através da
esposa, filhas, sobrinha, netos
e bisnetos.
Na
trama, a preguiça é descortinada em um picadeiro de intrigas no Sertão
de Taperoá, quando um poeta e sua esposa são alvo de uma dupla de
trapaceiros. No elenco, estão Jadenilson
Gomes, Charlon Cabral, Lucas Dias, Gaby Salles, Wíris Costa, Allan
Victor, Dvson Alves e Thiago Freitas.
A
direção de arte conta com as mãos de Thiago Freitas, enquanto o
figurino, rico em retalhos, passaram pelas mãos dos costureiros Sivaldo
Moura e Wellington Pereira .
Além
da pré estreia na capital pernambucana, o espetáculo cumpriu uma
temporada de três finais de semana em Limoeiro e retornou a Recife para
cumprir mais uma apresentação,
sendo esta no 19º Festival Recife do Teatro Nacional, no COMPAZ
Escritor Ariano Suassuna.
Na criação do cenário e direção do espetáculo, Charlon Cabral ( arte educador ) mais uma vez voltou à cena.
SINOPSE
O espetáculo descortina a preguiça em um picadeiro de intrigas no sertão de
Taperoá. Na farsa, o poeta Joaquim Simão
e
Nevinha,
sua
esposa,
são alvos dos trapaceiros Aderaldo Catacão
e
Clarabela, sem esquecer ainda a algoz Andreza.
A pseudo intelectual, Clarabela,
tem
um disfarçado
interesse
pela
poesia
de
Joaquim Simão
e
por
este
um escrachado desejo amoroso,
da
mesma
forma
que Aderaldo
investe também um escancarado caso amoroso por Nevinha. Sem sucesso nas investidas do coração, o ganancioso casal de ricos
acaba por ser ludibriado pela dupla formada por Cão Coxo e Cão Caolho que perde tudo que possui, inclusive o danado do peru.
PROPOSTA DE ENCENAÇÃO de Charlon Cabral
Respeitável público! Hoje tem espetáculo?
A resposta mais evidente que teríamos é:
Tem sim, senhor!
E sem dúvida é nossa resposta.
Decifrar
nossa brasilidade através do universo popular e erudito do Mestre
Ariano Suassuna, nos deixa bastante esperançosos diante das ausências e
negligências artísticas do momento. Como mestres
de cerimônia de inúmeros circos esquecidos e espalhados por esse mundo
de lona estrelada, ensolarada e também furada, trazemos a dramaturgia de
Suassuna, mais precisamente “O Peru do Cão Coxo”
da obra A Farsa da Boa Preguiça,
para tornar-se o cerne de nosso mais profundo imaginário circense.
Encontra-se representado por uma dramaturgia que nos reconecta
com nossa dimensão popular nordestina, fez-nos erguer nossa lona
decorada de “verdade” com bastante segurança artística. Daí em diante
foi um salto para que o nosso picadeiro fosse montado. Comprometidos com
a alegria circense, com a vibração e sotaque popular,
com a sonoridade e a cor do nosso povo, estão eles, os intérpretes
(artistas), prontos e ansiosos
para estarem no centro do picadeiro dando corpo e vida ao nosso imaginário real.
ELENCO :
Jadenilson Gomes, Charlon Cabral, Lucas Dias, Gaby Salles, Dvson Alves, Thiago Freitas, Wíris Costa e Alan Victor
Direção do espetáculo: Charlon Cabral
PRODUÇÃO: Centro de Criação Galpão das Artes - Limoeiro / PE
Direção de Arte:
Thiago Freitas
Costureiros:
Sivaldo Moura, Wellington Pereira
CRIAÇÃO DE CENÁRIO :
Charlon Cabral
HISTÓRICO DO GALPÃO DAS ARTES :
O
Centro de Criação Galpão das Artes que fica localizado à rua Vigário
Joaquim Pinto, nº 465, Limoeiro – Pernambuco, no agreste setentrional. A
instituição existe há 17 ( dezessete
) anos e traz no seu currículo duas montagens teatrais de autoria de
Ariano Suassuna, como:
O Caso do Novilho Furtado e A Inconveniência de Ter Coragem
. Esta última montagem
além de ter percorrido as regiões norte, nordeste e sudeste do país
chegou a cruzar o Atlântico aportando na Universidade de Coimbra, em
Portugal. Atualmente, possui em seu repertório o espetáculo
Histórias de Lenços e Ventos
( Ilo Krugli ) e uma série de contações de histórias dedicadas à
infância e as ações do Ponto de Memória que concentra atividades
com brinquedos populares tradicionais.
Na
verdade, o Galpão das Artes como é conhecido surge da inexistência de
um espaço planejado ao exercício das artes cênicas no ano de 2000. O
referente espaço possui um
teatro com capacidade para 100 (cem) espectadores e 10 (dez)
atores .
Texto Galpão das Artes.
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