quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Resumo da História da República

No dia 15 de novembro de 1889, há exatos 129 anos, o Brasil deixava de ser Império para ser República. Na ocasião, o alagoano Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, que viria a ser o primeiro presidente da República, derrubou o imperador D. Pedro II, pondo fim a 67 anos de Monarquia no Brasil.

Independente de Portugal em 1822, o Brasil adotou a Monarquia como forma de governo, ao contrário dos vizinhos, que optaram pela República. D. Pedro I foi o primeiro monarca, que governou até 1831, quando, impopular, abdicou (renunciou). Como o futuro D. Pedro II ainda era menor de idade, fez-se uma regência no Brasil.

D. Pedro II assumiu em 1840, com apenas 14 anos, e governou até 1889, sendo de longe o Chefe de Estado que passou mais tempo na frente do comando da Nação, um total de 49 anos. Mas em 1889, o Império caiu, porque era grande o descontentamento do Exército, da Igreja e dos escravocratas, devido à abolição dos escravos, ocorrida em 1888.

Porém, em 129 anos de República, o Brasil não conseguiu ainda almejar a paz e a prosperidade sonhadas. A República, pra falar a verdade, começou com um golpe. Pois o povo não participou. E a insatisfação com o Império vinha apenas dos grupos da elite, e não do povo em geral.

O Marechal Deodoro da Fonseca (1889-1891) foi o primeiro presidente, que renunciou ao mandato, sendo substituído pelo vice, Marechal Floriano Peixoto (1891-1894). Esse período caracterizou-se como República da Espada, uma vez que esses militares usaram a força para se manter no Governo.

Em 1894, o primeiro civil assumiu a Presidência: Prudente de Moraes (1894-1898). No governo seguinte, Campos Sales (1898-1902), começou a República Café com Leite (por que nesse período se revezaram apenas os presidentes paulistas e mineiros, isso por que São Paulo era o maior produtor de café e Minas Gerais, maior produtor de leite). Nesse período, governaram Rodrigues Alves (1902-1906), Afonso Pena (1906-1909) - morreu durante o mandato -, Nilo Peçanha (1909-1910), Marechal Hermes da Fonseca (1910-1914) - sobrinho de Deodoro, sendo o único parente de ex-presidente a ocupar a Presidência -, Venceslau Brás (1914-1918), Delfim Moreira (1918-1919) - substituiu Rodrigues Alves, que foi eleito presidente outra vez, mas morreu antes de tomar posse -, Epitácio Pessoa (1919-1922), Artur Bernardes (1922-1926) e Washington Luís (1926-1930).

Em 1930, a revolução daquele ano derrubou o presidente Washington Luís, após contestarem o resultado das eleições, que dera vitória a Júlio Prestes. Getúlio Vargas, o candidato derrotado, assumiu a presidência, iniciando um governo que duraria 15 anos, sendo oito de ditadura. Em 1945, Getúlio saiu do poder e foi substituído temporariamente por José Linhares (1945-1946). Nessa ocasião, foi eleito o General Eurico Gaspar Dutra (1946-1951). Depois, viria Getúlio Vargas (1951-1954), que governou o Brasil até que uma crise política provocou seu suicídio, sendo sucedido por seu vice Café Filho (1954-1955). No fim do mandato, Café Filho se afastou por motivos de doença, sendo sucedido pelo presidente da Câmara, Carlos Luz (1955), que governou apenas três dias, e em seguida, o presidente do Senado, Nereu Ramos (1955-1956), que passou a faixa a Juscelino Kubstscheck (1956-1961), sendo o presidente que mudou a capital do Rio de Janeiro para Brasília. O presidente seguinte, Jânio Quadros (1961), renunciou com apenas sete meses de governo, sendo sucedido por Ranieri Mazzilli (1961), e em seguida por João Goulart (1961-1964).

Em 1964, João Goulart foi derrubado por um golpe militar, e foi sucedido por Ranieri Mazzilli. Em seguida, iniciaram-se os cinco governos militares: Marechal Castelo Branco (1964-1967), Marechal Costa e Silva (1967-1969), General Emílio Garrastazzu Médici (1969-1974), General Ernesto Geisel (1974-1979) e o General João Baptista Figueiredo (1979-1985). Foi um regime caracterizado por censura e cerceamento de liberdades individuais, sob o pretexto de combater o comunismo.

Em 1985, Tancredo Neves foi eleito, mas morreu antes de tomar posse, assumindo seu vice José Sarney, que governou até 1990. Em seguida, Fernando Collor, primeiro presidente eleito pelo voto direto desde 1960, assumiu a presidência, mas governou até 1992, quando foi afastado por um impeachment, sendo sucedido por Itamar Franco (1992-1995). Em seguida, vieram os governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2003), Luís Inácio Lula da Silva (2003-2011) e Dilma Rousseff (2011-2016), sendo os três reeleitos respectivamente em 1998, 2006 e 2014. Acontece que Dilma foi também afastada por um impeachment e foi sucedida pelo seu vice, o atual presidente Michel Temer, que governará até 01 de janeiro de 2019, quando será sucedido por Jair Bolsonaro, presidente eleito em outubro.


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