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Embora tenha ressalvado que a crise na segurança pública ocorre em todo o
País, o petebista citou que os índices vêm aumentando em Pernambuco,
numa tendência oposta à de Estados como Alagoas e Ceará, que tiveram
redução, respectivamente, de 20% e 9% nas taxas
de homicídio em 2015. O parlamentar chamou atenção, também, para os
casos de arrombamentos e explosões de caixas eletrônicos em Pernambuco.
“Em todas as regiões do Estado, a violência tem aflorado com muita
intensidade. Quando o programa Pacto pela Vida foi implantado, os
índices caíram porque o então governador Eduardo Campos estava à frente
da questão. Hoje as reuniões de monitoramento foram
abandonadas. Esse tema precisa ser tratado com mais seriedade pelo
governador Paulo Câmara”, avaliou Cavalcanti.
Para retomar a eficácia do programa, o petebista defendeu o resgate de
alguns princípios e a adoção de medidas propostas pelo sociólogo José
Luiz Ratton, um dos seus idealizadores. Entre elas, investimentos em
tecnologia e polícia científica, respeito aos direitos
humanos e formação de banco de dados mais sofisticado. O deputado
também afirmou que é preciso institucionalizar permanentemente a
participação da sociedade civil no acompanhamento e monitoramento, por
meio de um conselho ou de um fórum estadual de segurança
pública.
Em aparte, Edilson
Silva (PSOL) disse que o Estado virou “o paraíso dos assaltantes de
bancos” porque abandonou o trabalho de inteligência policial e
desaparelhou a polícia. O psolista registrou, ainda, a queda nas
apreensões de armas em Pernambuco.
Joel
da Harpa (PTN) ressaltou que a Frente Parlamentar em Defesa da
Segurança Pública, que ele coordena, tem recebido queixas sobre a falta
de interação com as autoridades locais. “Os órgãos de segurança precisam
interagir com os municípios, buscando sugestões,
ideias e obtendo informações. E é necessário que haja uma reaproximação
do Pacto pela Vida com a população e os profissionais da segurança
pública”, observou.
Em réplica, Rodrigo
Novaes (PSD) defendeu uma atuação mais firme da Justiça e do
Ministério Público, e, no caso dos roubos a instituições bancárias, das
Polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF). “Como os explosivos,
que deveriam ter uma fiscalização rígida, estão
indo parar nas mãos de bandidos? Sugiro que a gente faça uma audiência
pública para falarmos sobre o efetivo da PRF, que hoje é mínimo no
Estado, e saber o que a PF e os bancos estão fazendo para coibir esses
crimes”, apontou. “O protagonismo tem que ser do
Governo do Estado. É ele que precisa chamar prefeitos, Polícia Federal e
todos os órgãos envolvidos. Não podemos esperar que o Governo Federal
venha a agir”, respondeu José Humberto Cavalcanti.
De acordo com o líder do Governo, Waldemar
Borges (PSB), Pernambuco “se diferencia”, em razão dos avanços que
conseguiu realizar com o Pacto pela Vida. “Aqueles Estados [Alagoas e
Ceará], por não terem tido a oportunidade de implementar políticas como
implantamos aqui, encontravam-se em situações
tão dramáticas que, mesmo com a queda sendo maior hoje, não chegam aos
níveis de Pernambuco. No mais, os crimes crescem em todo o País. O
Governo Federal começa a reagir, mas talvez muito tardiamente”, disse.
Tony
Gel (PMDB) afirmou que “o trabalho tem sido feito”, dando como
exemplo a prisão no Estado, na última sexta (25), de quatro pessoas
suspeitas de integrar uma quadrilha de Santa Catarina especializada em
assaltos a caixas eletrônicos. Pastor
Cleiton Collins (PP) destacou que o papel de impedir a entrada de
drogas – segundo ele, responsáveis pela maioria dos crimes – nas
fronteiras cabe ao Exército. Também avaliou que a criação de
oportunidades de emprego e a educação, além da redução da corrupção,
podem contribuir para a diminuição de criminalidade.
Com informações da ALEPE
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