quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Oposição denuncia crise na segurança pública e cobra medidas ao governador



Foto da assessoria.
Deputados de Oposição cobraram mais capacidade de liderança do governador Paulo Câmara e interação do Executivo estadual com a sociedade para enfrentar o agravamento da criminalidade em Pernambuco. O tema foi abordado na Reunião Plenária desta terça (29), pelo deputado José Humberto Cavalcanti (PTB).
Embora tenha ressalvado que a crise na segurança pública ocorre em todo o País, o petebista citou que os índices vêm aumentando em Pernambuco, numa tendência oposta à de Estados como Alagoas e Ceará, que tiveram redução, respectivamente, de 20% e 9% nas taxas de homicídio em 2015. O parlamentar chamou atenção, também, para os casos de arrombamentos e explosões de caixas eletrônicos em Pernambuco.
“Em todas as regiões do Estado, a violência tem aflorado com muita intensidade. Quando o programa Pacto pela Vida foi implantado, os índices caíram porque o então governador Eduardo Campos estava à frente da questão. Hoje as reuniões de monitoramento foram abandonadas. Esse tema precisa ser tratado com mais seriedade pelo governador Paulo Câmara”, avaliou Cavalcanti.
Para retomar a eficácia do programa, o petebista defendeu o resgate de alguns princípios e a adoção de medidas propostas pelo sociólogo José Luiz Ratton, um dos seus idealizadores. Entre elas, investimentos em tecnologia e polícia científica, respeito aos direitos humanos e formação de banco de dados mais sofisticado. O deputado também afirmou que é preciso institucionalizar permanentemente a participação da sociedade civil no acompanhamento e monitoramento, por meio de um conselho ou de um fórum estadual de segurança pública.
Em aparte, Edilson Silva (PSOL) disse que o Estado virou “o paraíso dos assaltantes de bancos” porque abandonou o trabalho de inteligência policial e desaparelhou a polícia. O psolista registrou, ainda, a queda nas apreensões de armas em Pernambuco.
Joel da Harpa (PTN) ressaltou que a Frente Parlamentar em Defesa da Segurança Pública, que ele coordena, tem recebido queixas sobre a falta de interação com as autoridades locais. “Os órgãos de segurança precisam interagir com os municípios, buscando sugestões, ideias e obtendo informações. E é necessário que haja uma reaproximação do Pacto pela Vida com a população e os profissionais da segurança pública”, observou.
Em réplica, Rodrigo Novaes (PSD) defendeu uma atuação mais firme da Justiça e do Ministério Público, e, no caso dos roubos a instituições bancárias, das Polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF). “Como os explosivos, que deveriam ter uma fiscalização rígida, estão indo parar nas mãos de bandidos? Sugiro que a gente faça uma audiência pública para falarmos sobre o efetivo da PRF, que hoje é mínimo no Estado, e saber o que a PF e os bancos estão fazendo para coibir esses crimes”, apontou. “O protagonismo tem que ser do Governo do Estado. É ele que precisa chamar prefeitos, Polícia Federal e todos os órgãos envolvidos. Não podemos esperar que o Governo Federal venha a agir”, respondeu José Humberto Cavalcanti.
De acordo com o líder do Governo, Waldemar Borges (PSB), Pernambuco “se diferencia”, em razão dos avanços que conseguiu realizar com o Pacto pela Vida. “Aqueles Estados [Alagoas e Ceará], por não terem tido a oportunidade de implementar políticas como implantamos aqui, encontravam-se em situações tão dramáticas que, mesmo com a queda sendo maior hoje, não chegam aos níveis de Pernambuco. No mais, os crimes crescem em todo o País. O Governo Federal começa a reagir, mas talvez muito tardiamente”, disse.
Tony Gel (PMDB) afirmou que “o trabalho tem sido feito”, dando como exemplo a prisão no Estado, na última sexta (25), de quatro pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha de Santa Catarina especializada em assaltos a caixas eletrônicos. Pastor Cleiton Collins (PP) destacou que o papel de impedir a entrada de drogas – segundo ele, responsáveis pela maioria dos crimes – nas fronteiras cabe ao Exército. Também avaliou que a criação de oportunidades de emprego e a educação, além da redução da corrupção, podem contribuir para a diminuição de criminalidade.
Com informações da ALEPE

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