Raynéia Gabrielle foi assassinada na segunda-feira (23)
Foto: Reprodução/Facebook
JC Online
Com informações do La Prensa
Com informações do La Prensa
O suspeito de ter assassinado a estudante pernambucana Raynéia Gabrielle Lima, 31 anos, foi preso na Nicarágua. Nesta sexta-feira (27), a polícia do país informou que o homem, identificado como Pierson Gutiérrez Solís, 42, teria utilizado uma carabina M4 para cometer o crime. A ocupação do suspeito não foi divulgada.
Inicialmente, a polícia havia afirmado que a estudante de medicina foi assassinada por um segurança privado. As Organizações Não-Governamentais (ONGs) e o reitor da universidade onde Raynéia estudava sustentam que ela foi morta por paramilitares.
Poucas informações
O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, disse nessa sexta-feira (27) que o Brasil vai insistir para receber informações detalhadas sobre as circunstâncias em que ocorreu o assassinato da estudante brasileira. Ele informou que o Brasil fez um apelo à Organização dos Estados Americanos (OEA) para intervir na situação de violência da Nicarágua. Em entrevista em Joanesburgo, na África do Sul, onde participa da 10ª Cúpula do Brics, Aloysio Nunes se queixou de que as primeiras informações coletadas junto às fontes oficiais da Nicarágua não foram suficientes para esclarecer o fato
A morte da estudante
A estudante de medicina Raynéia Gabrielle Lima foi morta na noite dessa segunda-feira (23) em Manágua, capital da Nicarágua, que passa uma onda de protestos contra o presidente Daniel Ortega. Segundo informações de amigos, a pernambucana, de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata, não participava de nenhum tipo de manifestação no país.
Raynéia foi morta quando voltava de carro para sua residência, no sudoeste de Manágua. Ela chegou a ser levada pelo namorado para hospital, mas não resistiu.
Direitos Humanos
O Governo de Pernambuco vai entrar com uma representação junto a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, organismo da Organização do Estados Americanos (OEA), para investigar a morte de Rayneia. Para o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Estado, Pedro Eurico, o assassinato da estudante foi por motivações políticas. O governo brasileiro cobra apurações efetivas sobre o caso, que violaria a Convenção de San José da Costa Rica, que rege os direitos humanos nos países membros da OEA.
O corpo da estudante foi liberado na manhã desta quinta-feira (26). Segundo o secretário Pedro Eurico, esta liberação ainda é provisória, mas com ela já é possível realizar o traslado do corpo para Pernambuco.
Antes de trazido de volta, o corpo será embalsamado. Este processo será realizado pela Casa Funerária Monte de Los Olivos, em Manágua, capital da Nicarágua. Os custos do processo e de transporte foram assumidos pelo Governo do Estado, pois, segundo Eurico, o Governo Federal não se posicionou sobre assumir essas despesas.
De Manágua, o corpo irá para o Panamá e só depois seguirá o Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife. Agora, a Embaixada brasileira aguarda a emissão do atestado de óbito pelas autoridades nicaraguenses. Uma perícia no corpo da jovem foi realizada pelo Instituto de Medicina Legal (IML) da Nicarágua. Segundo Eurico, nenhum perícia será realizada no Brasil, pois não foi aberto inquérito sobre o caso.
JC ONLINE
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