Quando se comemorava a virada do ano de 2022 para 2023, o quadro político em Limoeiro era o seguinte: Orlando Jorge seguia com 12 dos 15 vereadores na sua base aliada, além de no ter no campo das oposições, Marcelo Motta como seu principal oponente. Valendo ressaltar que nas eleições de 2020, Orlando foi eleito derrotando Motta na disputa, sendo este mais votado até mesmo do que o ex-prefeito Joãozinho, que tentava a reeleição. Com isso, apesar da derrota, Marcelo Motta se credenciava como principal líder da oposição.
Por outro lado, o vereador Daniel do Mercadinho, aliado histórico do grupo liderado pelo ex-deputado federal Ricardo Teobaldo, do qual Orlando faz parte, estava assumindo a presidência da Câmara de Vereadores. Nessa mesma época, Teobaldo deixava o cargo de deputado federal, após não conseguir a reeleição em 2022, ficando sem mandato pela primeira vez desde 2002 - excluindo o breve período entre abril de 2014 e fevereiro de 2015, entre sua renúncia à Prefeitura de Limoeiro e sua chegada na Câmara Federal.
Entretanto, no começo do ano, Daniel já demonstrava afastamento da gestão, o que acabou se concretizando alguns meses depois. Daniel do Mercadinho anunciou o rompimento com Orlando Jorge e desde então, assumiu uma postura oposicionista contra a atual gestão.
Uma semana apenas se passou, e outra bomba na política: Marcelo Motta anuncia apoio a Orlando Jorge. Cogita-se até que ele possa ser vice de Orlando, como aconteceu lá em 2000 com o próprio Orlando, quando ele foi vice de Luiz Heráclio depois de ter sido derrotado na disputa por ele em 1996.
Com isso, Orlando conseguiu trazer para seu grupo aquele que seria seu principal adversário, mas ao que tudo indica, terá que enfrentar nas urnas alguém que estava no seu grupo. São as reviravoltas da política em Limoeiro que marcaram o ano de 2023.
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