sábado, 13 de janeiro de 2018

Esquerda x Direita: o que realmente significa

Neste tempo que antecede as eleições de 2018, nunca essas duas palavrinhas estiveram tão em evidência como estão agora: DIREITA X ESQUERDA. Isso também foi causado mais ainda pela ascensção de dois candidatos dos lados extremos: um é o presidente de honra e fundador do maior partido de esquerda da América Latina, e o outro, é militar, declaradamente de direita e defensor do conservadorismo.

Virou moda agora classificar as pessoas de ser de "direita" apenas por ser contra um desses candidatos, e classificar outras de "esquerda" apenas por ser contra outro candidato. Mas ser de direita ou ser de esquerda é muito mais do que isso, muito mais do que ser contra esse ou aquele indivíduo.

Primeiro, é preciso saber como surgiu as duas expressões: acontece que durante a Revolução Francesa, haviam dois grupos na Convenção (uma espécie de Câmara dos Deputados), que se sentavam em lados diferentes na Assembleia. Um grupo que defendia a revolução e os ideais revolucionários se sentava á Esquerda, e outro, que era conservador, defendia o absolutismo e não admitia mudanças no Regime se sentava à Direita. Daí, a expressão "Direita" para defender ideias conservadoras, geralmente nacionalistas, liberalismo econômico, enquanto "Esquerda" classifica aqueles que defendem uma maior participação do Estado na economia, defendendo inclusive o comunismo e o socialismo, onde o Estado controla a vida da população.

No Século XIX, o filósofo alemão Karl Marx surgiu com teorias socialistas, contra a burguesia. Ideias essas que seriam postas em prática a partir da Revolução Russa de 1917, quando os bolcheviques tomaram o poder na Rússia, destituindo os czares, e assumiram o comando da Nação, que se tornou a União Soviética, primeira nação socialista da História.

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, duas superpotências se emergiram e assumiram o controle da Humanidade: Os Estados Unidos, que defendiam o capitalismo, e a União Soviética, que capitaneava o socialismo. No contexto da Guerra Fria, várias nações seguiram linhas diferentes, tendento para um lado ou para o outro. Na América Latina, Cuba se aliou à União Soviética, tornando-se comunista, iniciando-se a ditadura de Fidel Castro. Isso fez com que os EUA patrocinassem a implantação de ditaduras militares na América do Sul, em países como o Brasil, a Argentina, o Chile, e tantos outros. Naquela época, virou moda classificar qualquer opositor à essas ditaduras de "comunista".

Com o colapso do socialismo e da URSS em 1991, teve fim a Guerra Fria, mas as ideologias não pararam. No Brasil, temos diversos partidos, que se classificam como Direita, Centro-Direita, Centro, Centro-Esquerda e Esquerda. Por isso, se torna complicado a ideia de classificar alguém que não defende determinado candidato como sendo dessa ou daquela ideologia. Existem, por exemplo, partidos de Esquerda que não apoiam Lula, e só pra citar alguns exemplos, temos o PCB, PSTU, PPS e Rede. Já do outro lado, temos grupos de Direita que não apoiam Bolsonaro, e podemos citar nesse grupo, o Livres (que até deixou o PSL após a filiação de Bolsonaro), Novo, PRTB e DEM.

Aqui não se trata de endeusar ou demonizar essa ou aquela ideologia. Trata-se de levar às pessoas o conhecimento real da existência delas e seu real significado, de modo que todos saibam o que realmente significa ser de uma ou de outra ideologia. 

Muitas pessoas chamam alguém de "Direita" por ser contra Lula; outros chamam alguém de "Esquerda" por ser contra Bolsonaro. E muitas vezes, várias dessas pessoas não sabem o real significado de ser de Direita ou ser de Esquerda, apenas repetem o que os líderes citados ou seus mais chegados falam. É preciso um estudo maior e mais detalhado para se evitar que haja qualquer tipo de engano. Por isso, não custa nada estudar assuntos como: Revolução Francesa, Guerra Fria, Ditaduras Comunistas, Ditaduras Militares, para realmente se interar do assunto. 

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