quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Limoeiro mantém tradição de polarizar disputa eleitoral desde 2000

A cidade de Limoeiro, neste ano, tem dois candidatos à prefeito: Thiago de Andrade Ferreira Cavalcanti, do PTB, e João Luís Ferreira Filho, do PSB. Mas parece ter virado tradição na cidade a polarização na disputa. Desde 2000, a Princesa do Capibaribe só tem tido dois candidatos - a única exceção nesse período foi 2012, quando três nomes se submeteram ao julgamento popular.

Algo muito diferente das eleições dos anos 90, quando Limoeiro costumeiramente teve três candidatos ou mais.  Em 1992, José Artur Teobaldo venceu uma eleição com cinco candidatos: José Artur, Márcio Albuquerque,  Adauto Heráclio, Virgínia e Hamilton Lima. Quatro anos depois, em 1996, Limoeiro teve três candidatos a prefeito: Luís Heráclio do Rêgo Sobrinho (que foi eleito), Orlando Jorge Pereira de Andrade Lima e José Xavier Quirino.

Mas a partir de 2000, tem sido tradição para a cidade ter apenas dois candidatos. Em 2000, Luís Heráclio foi o primeiro prefeito a ter direito de disputar uma reeleição. Por outro lado, a oposição apresentou o nome de Ricardo Teobaldo Cavalcanti. E assim, a cidade seguiu com dois candidatos. Luís Heráclio venceu a eleição e se tornou o primeiro prefeito reeleito da história de Limoeiro.

Em 2004, novamente, uma eleição com apenas dois candidatos. Luís Heráclio - que não podia mais disputar - apresentou o nome de seu ex-secretário de Saúde, Luís Raimundo Medeiros Duarte, e a oposição tentou mais uma vez com Ricardo Teobaldo Cavalcanti. Luís Raimundo tinha sido excelente secretário de Saúde, além de ser filho de João Duarte - prefeito eleito em 1959 que morreu antes de assumir o mandato -. Ricardo Teobaldo, ao contrário de 2000, tinha um mandato em mãos. Era deputado estadual, eleito em 2002, enquanto quatro anos antes não tinha mandato algum. Ricardo estava mais forte que 2000 na disputa, mas mesmo assim, Luís Raimundo foi eleito.

Em 2008, Luís Raimundo poderia disputar a reeleição, mas abdicou. Ricardo Teobaldo Cavalcanti surgiu mais forte ainda na disputa. O grupo de oposição era muito forte, envolvendo nomes do PSDB, PT, PCdoB, PSB, PR, PTB, PMDB, entre vários outros. Alguns até diziam que naquele ano Limoeiro teria candidatura única. Mas José Higino Correia de Oliveira Neto, do PR, desligou-se do grupo e lançou sua candidatura a prefeito. Ricardo Teobaldo foi vitorioso nessa eleição.

Em 2012, foi a única exceção. Limoeiro teve mais de duas candidaturas. Inicialmente, concorreriam Ricardo Teobaldo (Então no PSDB), Joãozinho (PSB), Dr. Barbosa (PSC) e Isaac Manacés (Então no PMDB). Mas Isaac desistiu da disputa durante a campanha e a cidade ficou com três candidatos. Ricardo foi reeleito.

Em 2016, novamente, Limoeiro conta com apenas dois candidatos. Essa é a quarta eleição desde 2000 que isso acontece. Falta de opção de nomes? Grupos fortes demais? Qual seria a explicação?

Para fazer um comparativo, basta dizer que João Alfredo tem 3 candidaturas registradas; Bom Jardim tem 4 candidaturas; Orobó tem 3 candidaturas; Machados tem 3 candidaturas. Falando em cidades do mesmo porte, leia-se que Carpina tem 5 candidatos e Surubim tem 3 candidatos. Aqui na região, além de Limoeiro, as cidades que tem 2 candidatos são: Lagoa do Carro, Feira Nova, Passira, Salgadinho e Cumaru.

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