Quando disputaram as eleições em 2014, o então ex-secretário Paulo Câmara (PSB) e o senador Armando Monteiro Neto (PTB), reuniram diante de si partidos diferentes, sendo que naquele pleito, a nível nacional, estava dividido entre petistas e antipetistas.
Paulo herdou de Eduardo Campos (PSB), morto em um acidente aéreo naquela mesma época, uma coligação de 21 partidos, entre os quais, PSDB e DEM. Naquela eleição, pudemos ver algumas coisas interessantes, como PCdoB e DEM dividindo o mesmo palanque, ver Mendonça Filho e Luciana Santos dividindo o mesmo espaço. Sem contar a presença do PMDB de Jarbas Vasconcelos, tendo Raul Henry na vice de Paulo. O candidato a senador era Fernando Bezerra Coelho (então no PSB).
Essa coligação ligada a Paulo tinha forte apelo anti-PT. Podíamos ver em algumas cidades pichações com acusações de que "O PT matou Eduardo". O PSB havia rompido com o PT a nível nacional e atraído inclusive adversários ferrenhos do lulismo, como PSDB, DEM, PPS, entre outros.
Por outro lado, Armando, entre outros partidos, tinha apoio do PT e do PDT. O candidato a senador era o então petista João Paulo, e o candidato a vice era Paulo Rubem Santiago, então, no PDT. No palanque do PTB, se reuniram pessoas defensoras de Lula e de Dilma, tendo inclusive Lula vindo a Pernambuco declarar voto em Armando Monteiro. No segundo turno, Armando Monteiro continuou com Dilma, enquanto Paulo, após ter votado em Marina Silva (então no PSB), no primeiro turno, apoiou Aécio Neves (PSDB) no segundo turno.
Apenas quatro anos depois, esses mesmos dois atores voltaram ao cenário político local, mas apenas com "aliados trocados". Atualmente, Armando, o que defendia o PT em 2014, está com o PSDB e o DEM, tendo inclusive candidatos ao senado por esses partidos, Bruno Araújo e Mendonça Filho, respectivamente. O PPS também está apoiando Armando. Já Paulo, por sua vez, atraiu o PT para sua base, após o partido rifar a candidatura de Marília Arraes, tendo Humberto Costa como seu candidato a senador, ao lado de Jarbas Vasconcelos (MDB).
O mesmo Paulo que em 2014 tinha um discurso antipetista, agora defende o legado de Lula, e acusa o adversário de ser "da turma de Temer". Armando, por sua vez, se defende, dizendo que votou contra o impeachment, ao contrário do PSB. Armando, que em 2014, era a favor do lulismo e do petismo, agora, tem um discurso mais aceitável aos setores do PSDB, do DEM e do PPS. Armando, embora tenha votado contra o impeachment, acabou se afastando do PT após votar a favor das reformas propostas pelo governo de Michel Temer.
Em 2014, quem votava em Paulo era acusado de "ser de direita, e ser contra Lula, coxinha", e quem votava em Armando era acusado de "comunista, esquerdista...". Hoje, quem vota em Paulo leva nome de "comunista, esquerdista", e quem vota em Armando, leva nome de "coxinha de direita, turma de Temer"... Curiosamente, os dois que eram candidato a senador de cada um hoje apoia o outro. João Paulo, que foi o candidato a senador de Armando, hoje está no PCdoB e apoia Paulo. Já Fernando Bezerra Coelho, que foi o senador vitorioso com Paulo, rompeu com o governador e hoje apoia Armando e ainda tenta tomar o MDB de Jarbas.
Pode-se dizer que é uma verdadeira "metamorfose ambulante", parafraseando Raul Seixas...
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