Secretário é cogitado para disputar eleição em Limoeiro
Presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Pernambuco (Cosems/PE), Diretor financeiro adjunto do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e secretário de Saúde de Paudalho, Orlando Jorge Pereira de Andrade Lima é um dos profissionais da saúde brasileira que mais conhece o funcionamento das políticas do Sistema Único de Saúde (SUS).
Além de técnico, ele também foi vereador e vice-prefeito de Limoeiro. Atualmente é o principal nome da oposição para disputar a candidatura a prefeito de Limoeiro. Na conversa a seguir Orlando Jorge fala da profissão, da experiência executiva e do futuro na política.
Além de técnico, ele também foi vereador e vice-prefeito de Limoeiro. Atualmente é o principal nome da oposição para disputar a candidatura a prefeito de Limoeiro. Na conversa a seguir Orlando Jorge fala da profissão, da experiência executiva e do futuro na política.
Vocação
“Desde jovem tínhamos uma queda pela saúde. Admirávamos os profissionais que naquela época vestiam branco. Quando criança a gente se espelha em emblemas. Lembro do Dr. Otávio Maciel, Dr. Benjamin Pacheco e Dr. Luiz Távora. Era emblemático na nossa infância, vivida nos bairros da Pirauíra e de São Sebastião, em Limoeiro, onde meus avós residiam. Víamos a atuação desses profissionais. Isso foi decisivo na hora de escolher a profissão. Foi fácil. Depois veio a paixão pela Odontologia. Desde o primeiro momento já começamos a fazer estágio, unindo a teoria e a prática. Em 1984 nos formamos e um grupo de colegas me convidava para atuar no Exército Brasileiro. E nós fomos destacados para a Amazônia, como odontólogo. Atendemos aos militares e aos seus dependentes e participamos das ações do Exército junto às populações ribeirinhas. Foi uma experiência muita rica. Depois voltamos para nossa terra, porque quando a gente ama o lugar que nascemos e temos raízes profundas, pode passar uma temporada fora, mas sempre volta”.
“Desde jovem tínhamos uma queda pela saúde. Admirávamos os profissionais que naquela época vestiam branco. Quando criança a gente se espelha em emblemas. Lembro do Dr. Otávio Maciel, Dr. Benjamin Pacheco e Dr. Luiz Távora. Era emblemático na nossa infância, vivida nos bairros da Pirauíra e de São Sebastião, em Limoeiro, onde meus avós residiam. Víamos a atuação desses profissionais. Isso foi decisivo na hora de escolher a profissão. Foi fácil. Depois veio a paixão pela Odontologia. Desde o primeiro momento já começamos a fazer estágio, unindo a teoria e a prática. Em 1984 nos formamos e um grupo de colegas me convidava para atuar no Exército Brasileiro. E nós fomos destacados para a Amazônia, como odontólogo. Atendemos aos militares e aos seus dependentes e participamos das ações do Exército junto às populações ribeirinhas. Foi uma experiência muita rica. Depois voltamos para nossa terra, porque quando a gente ama o lugar que nascemos e temos raízes profundas, pode passar uma temporada fora, mas sempre volta”.
Família
“Casei com Flávia Melo, também odontóloga. Acho que ela se espelhou em mim na época. Quando eu estava terminando ela iniciava o curso. Temos três filhos: Cecília, médica, Eduardo, engenheiro civil e Catarina, estudante”.
“Casei com Flávia Melo, também odontóloga. Acho que ela se espelhou em mim na época. Quando eu estava terminando ela iniciava o curso. Temos três filhos: Cecília, médica, Eduardo, engenheiro civil e Catarina, estudante”.
Atuação profissional
“Quando iniciamos nossa carreira privada, em paralelo apareceram oportunidades. Uma delas foi no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Limoeiro. Muito nos honrou a prestação de serviço que nós fizemos lá desde 1987. Foi um convite após ter assumido um cargo através da Secretaria Estadual de Saúde, no Posto Inacinha Duarte e o mesmo dentista do Posto era o do sindicato. Ele viu o nosso serviço e me indicou para que a diretoria me contratasse para o sindicato. Ali prestamos serviço ao trabalhador rural, a seus dependentes e usuários pelo SUS”.
“Quando iniciamos nossa carreira privada, em paralelo apareceram oportunidades. Uma delas foi no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Limoeiro. Muito nos honrou a prestação de serviço que nós fizemos lá desde 1987. Foi um convite após ter assumido um cargo através da Secretaria Estadual de Saúde, no Posto Inacinha Duarte e o mesmo dentista do Posto era o do sindicato. Ele viu o nosso serviço e me indicou para que a diretoria me contratasse para o sindicato. Ali prestamos serviço ao trabalhador rural, a seus dependentes e usuários pelo SUS”.
Administrativo
“Eu fui convidado pelo então governador Miguel Arraes para dar uma contribuição, à época, na 2ª Diretoria Regional de Saúde. Foi uma transição da área privada para a pública. Então nos dedicamos exercendo a função de diretor e aprendemos muito com médicos, enfermeiros, profissionais de várias especialidades. Depois veio a militância política que deu certa interrupção na trajetória da saúde pública. Após o período que eu fui vereador e vice-prefeito, retomei a militância do SUS. Fomos estudar fazendo cursos de especialização em saúde pública: o de Administração Pública, pela Fecap, e também de Gestão da Qualidade no Serviço. Nos preparamos para uma militância mais aprofundada no SUS. E aí tivemos a honra de ocupar o cargo de secretário municipal de Saúde de Limoeiro, minha cidade, durante oito anos. Agora estamos na gestão da Secretaria Municipal de Paudalho. Já são quase 13 anos que estamos aplicando a nossa experiência com participação no cenário municipal, estadual e agora nacional. Estamos contribuindo com o SUS como Diretor financeiro adjunto do Conasems, debatendo as políticas do SUS e agora a manutenção do Sistema para que não haja perdas e a população não seja privada de seus direitos. Portanto estamos discutindo o SUS com o Ministério da Saúde, os 5.570 municípios, e fazendo um exercício permanente com os 26 estados e o Distrito Federal que congregam os secretários municipais de saúde nos conselhos estaduais. Essa militância nos dá a tranquilidade de nos capacitar e também aos colegas gestores”.
“Eu fui convidado pelo então governador Miguel Arraes para dar uma contribuição, à época, na 2ª Diretoria Regional de Saúde. Foi uma transição da área privada para a pública. Então nos dedicamos exercendo a função de diretor e aprendemos muito com médicos, enfermeiros, profissionais de várias especialidades. Depois veio a militância política que deu certa interrupção na trajetória da saúde pública. Após o período que eu fui vereador e vice-prefeito, retomei a militância do SUS. Fomos estudar fazendo cursos de especialização em saúde pública: o de Administração Pública, pela Fecap, e também de Gestão da Qualidade no Serviço. Nos preparamos para uma militância mais aprofundada no SUS. E aí tivemos a honra de ocupar o cargo de secretário municipal de Saúde de Limoeiro, minha cidade, durante oito anos. Agora estamos na gestão da Secretaria Municipal de Paudalho. Já são quase 13 anos que estamos aplicando a nossa experiência com participação no cenário municipal, estadual e agora nacional. Estamos contribuindo com o SUS como Diretor financeiro adjunto do Conasems, debatendo as políticas do SUS e agora a manutenção do Sistema para que não haja perdas e a população não seja privada de seus direitos. Portanto estamos discutindo o SUS com o Ministério da Saúde, os 5.570 municípios, e fazendo um exercício permanente com os 26 estados e o Distrito Federal que congregam os secretários municipais de saúde nos conselhos estaduais. Essa militância nos dá a tranquilidade de nos capacitar e também aos colegas gestores”.
Legado em Limoeiro
“Encontramos o sistema municipal de Saúde já organizado. Fazendo justiça à gestão de Luís Raimundo e outros secretários anteriores, porque ele implantou o programa de Agente Comunitário de Saúde, os Postos de Saúde da Família e aí, quando nós assumimos em 2009, encontramos a Secretaria com um formato. Ampliamos a capacidade com redes que não existiam: várias especialidades, a rede de Saúde Bucal, serviços estratégicos, e a rede psicossocial. O que existia na Policlínica Inacinha Duarte era apenas ambulatório de Psicologia. Nós implantamos uma rede que até hoje existe e que pode ser potencializada. Então foram instalados Caps, Unidade de Acolhimento, Residência Terapêutica, Ambulatório de Psiquiatria. Todos esses serviços foram na nossa gestão. Implantamos também uma rede importante de promoção em educação e saúde que são as Academias da Saúde. Reformamos as Unidades Básicas de Saúde, ampliamos algumas e construímos várias. Deixamos duas em processo de início de obra. Então demos uma contribuição importante. Potencializamos, inclusive, a arrecadação de recursos financeiros de custeio do Ministério da Saúde para a Secretaria Municipal de Saúde. Encontramos a saúde na época com uma receita X e a deixamos com 3X. Potencializamos a rede. Quando você abre serviço, melhora a capacidade de salário do município, também melhora arrecadação e eleva a receita. Também cumprimos a Lei Complementar 141 religiosamente. A cada 4 meses íamos para a Câmara de Vereadores e prestávamos conta com as audiências públicas para o controle social, sobretudo valorizando a representação dos usuários, dos trabalhadores e do povo a partir do legislativo municipal, prestando conta de cada centavo”.
“Encontramos o sistema municipal de Saúde já organizado. Fazendo justiça à gestão de Luís Raimundo e outros secretários anteriores, porque ele implantou o programa de Agente Comunitário de Saúde, os Postos de Saúde da Família e aí, quando nós assumimos em 2009, encontramos a Secretaria com um formato. Ampliamos a capacidade com redes que não existiam: várias especialidades, a rede de Saúde Bucal, serviços estratégicos, e a rede psicossocial. O que existia na Policlínica Inacinha Duarte era apenas ambulatório de Psicologia. Nós implantamos uma rede que até hoje existe e que pode ser potencializada. Então foram instalados Caps, Unidade de Acolhimento, Residência Terapêutica, Ambulatório de Psiquiatria. Todos esses serviços foram na nossa gestão. Implantamos também uma rede importante de promoção em educação e saúde que são as Academias da Saúde. Reformamos as Unidades Básicas de Saúde, ampliamos algumas e construímos várias. Deixamos duas em processo de início de obra. Então demos uma contribuição importante. Potencializamos, inclusive, a arrecadação de recursos financeiros de custeio do Ministério da Saúde para a Secretaria Municipal de Saúde. Encontramos a saúde na época com uma receita X e a deixamos com 3X. Potencializamos a rede. Quando você abre serviço, melhora a capacidade de salário do município, também melhora arrecadação e eleva a receita. Também cumprimos a Lei Complementar 141 religiosamente. A cada 4 meses íamos para a Câmara de Vereadores e prestávamos conta com as audiências públicas para o controle social, sobretudo valorizando a representação dos usuários, dos trabalhadores e do povo a partir do legislativo municipal, prestando conta de cada centavo”.
Futuro político
“O povo de Limoeiro lembrar de nosso nome para uma possível candidatura a prefeito muito nos honra. Tem tudo a ver com o trabalho que iniciamos no município em 2009, encerrado em 2016 e, logo em seguida, tendo continuidade no município de Paudalho. Começamos a fazer um planejamento estratégico, todo o estudo e desenvolvimento, gestão da qualidade do serviço, melhorando a qualidade da assistência, o acolhimento das pessoas, ou seja, o serviço público como prioridade. Também em Paudalho construímos toda uma rede que estava muito deficiente com hospital fechado sem grandes perspectivas. Há dois anos e meio estamos trabalhando em Paudalho com essa mesma dedicação, lisura e austeridade, fazendo acontecer. Mas não é uma pessoa, é uma equipe. E quando você faz o jogo bem jogado, equipe boa, você como técnico faz a coisa acontecer e as pessoas notam. A população clama por gestões com competência, responsabilidade e compromisso. Nós temos compromisso com o povo, nós sabemos fazer. Aprendemos com a vida e com o estudo. E aí a população se lembra de Orlando Jorge da época da eletrificação rural no Governo Arraes, do apoio ao agricultor com aração de terras, entrega de sementes e assistência a partir da Saúde, melhorando a qualidade da alimentação do trabalhador do campo. Nos anos 1990, com um programa altamente estratégico, demos uma contribuição importante a Limoeiro. Mas agora, quando percebemos que as pessoas lembram nosso nome, fizemos uma pesquisa técnico-científica não apenas dirigida para política, mas para opinião da população. Para nossa surpresa a população nos acolhe bem. Mesmo estando um pouco afastado da vida política e profissional – porque eu estou trabalhando na cidade vizinha, e passo o dia em Paudalho, em Recife e em Brasília mais do que em Limoeiro -, ainda assim a população lembrou do nosso nome. Então não podemos omitir e deixar de considerar esse fato. Estamos aguardando os acontecimentos. Ninguém pode ser candidato próprio; temos um grupo político. Todo mundo sabe que nós militamos nesse grupo, mesmo como técnico nos bastidores. Tomamos essa decisão desde 2004, quando deixamos de ser vice-prefeito e enveredamos no estudo, para atuar como técnico em qualquer gestão pública, onde se precisa de técnicos competentes. Esse é meu norte e minha meta. Desde 2004 não participamos de mais nenhuma campanha política como protagonista. Agora se a população da minha terra, que eu amo, me convocar, aí eu vou me empenhar. Por enquanto, este ano, 2019, é só trabalho. Estamos com agenda tripla: municipal em Paudalho, regional no Recife e nacional em Brasília. Então é um ano de trabalho e não eleitoral. No próximo ano, se a população de Limoeiro realmente quiser uma pessoa comprometida com o que faz, com que o defende, que não tem falácias nem encara o trabalho de forma falseada, nos colocamos à disposição. Muitas pessoas dizem que sou exigente no que faço, mas eu não entendo serviço público como bico, não aceito trabalhar com alguém que possa usar o serviço público para se locupletar ou levar vantagem. Eu não concordo com isso e às vezes sou incompreendido. Gosto de fazer as coisas corretas, próximo da perfeição. Ninguém é perfeito, mas se você sabe fazer e faz correto é uma virtude. Agora saber fazer e fazer errado, aí essa pessoa está no caminho errado”.
“O povo de Limoeiro lembrar de nosso nome para uma possível candidatura a prefeito muito nos honra. Tem tudo a ver com o trabalho que iniciamos no município em 2009, encerrado em 2016 e, logo em seguida, tendo continuidade no município de Paudalho. Começamos a fazer um planejamento estratégico, todo o estudo e desenvolvimento, gestão da qualidade do serviço, melhorando a qualidade da assistência, o acolhimento das pessoas, ou seja, o serviço público como prioridade. Também em Paudalho construímos toda uma rede que estava muito deficiente com hospital fechado sem grandes perspectivas. Há dois anos e meio estamos trabalhando em Paudalho com essa mesma dedicação, lisura e austeridade, fazendo acontecer. Mas não é uma pessoa, é uma equipe. E quando você faz o jogo bem jogado, equipe boa, você como técnico faz a coisa acontecer e as pessoas notam. A população clama por gestões com competência, responsabilidade e compromisso. Nós temos compromisso com o povo, nós sabemos fazer. Aprendemos com a vida e com o estudo. E aí a população se lembra de Orlando Jorge da época da eletrificação rural no Governo Arraes, do apoio ao agricultor com aração de terras, entrega de sementes e assistência a partir da Saúde, melhorando a qualidade da alimentação do trabalhador do campo. Nos anos 1990, com um programa altamente estratégico, demos uma contribuição importante a Limoeiro. Mas agora, quando percebemos que as pessoas lembram nosso nome, fizemos uma pesquisa técnico-científica não apenas dirigida para política, mas para opinião da população. Para nossa surpresa a população nos acolhe bem. Mesmo estando um pouco afastado da vida política e profissional – porque eu estou trabalhando na cidade vizinha, e passo o dia em Paudalho, em Recife e em Brasília mais do que em Limoeiro -, ainda assim a população lembrou do nosso nome. Então não podemos omitir e deixar de considerar esse fato. Estamos aguardando os acontecimentos. Ninguém pode ser candidato próprio; temos um grupo político. Todo mundo sabe que nós militamos nesse grupo, mesmo como técnico nos bastidores. Tomamos essa decisão desde 2004, quando deixamos de ser vice-prefeito e enveredamos no estudo, para atuar como técnico em qualquer gestão pública, onde se precisa de técnicos competentes. Esse é meu norte e minha meta. Desde 2004 não participamos de mais nenhuma campanha política como protagonista. Agora se a população da minha terra, que eu amo, me convocar, aí eu vou me empenhar. Por enquanto, este ano, 2019, é só trabalho. Estamos com agenda tripla: municipal em Paudalho, regional no Recife e nacional em Brasília. Então é um ano de trabalho e não eleitoral. No próximo ano, se a população de Limoeiro realmente quiser uma pessoa comprometida com o que faz, com que o defende, que não tem falácias nem encara o trabalho de forma falseada, nos colocamos à disposição. Muitas pessoas dizem que sou exigente no que faço, mas eu não entendo serviço público como bico, não aceito trabalhar com alguém que possa usar o serviço público para se locupletar ou levar vantagem. Eu não concordo com isso e às vezes sou incompreendido. Gosto de fazer as coisas corretas, próximo da perfeição. Ninguém é perfeito, mas se você sabe fazer e faz correto é uma virtude. Agora saber fazer e fazer errado, aí essa pessoa está no caminho errado”.
Foto: Divulgação
VOZ DO PLANALTO
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