sexta-feira, 24 de agosto de 2018

64 anos sem Getúlio Vargas

Nesta data de hoje (24 de agosto) completam-se 64 anos que um tiro no coração encerrava uma das mais bem-sucedidas carreiras políticas da história do Brasil. Getúlio Vargas, então presidente da República, cometeu suicídio após diversas pressões contra seu governo.

Mesmo tendo passado esse tempo, Getúlio até hoje é lembrado como "pai dos pobres", o presidente das leis trabalhistas e do voto feminino.

Nascido a 19 de abril de 1882, em São Borja, Rio Grande do Sul, Getúlio liderou a Revolução de 1930, que depôs o então presidente Washington Luís. Getúlio assumiu o governo provisório. Após combater a Revolução Constitucionalista de 1932, Getúlio, mesmo derrotando os revolucionários, decidiu atender ao pedido deles e elaborar a Constituição de 1934.

No entanto, três anos depois, um golpe, conhecido como "Estado Novo", tornou-o ditador. Em 1937, perseguira opositores, tanto fascistas (integralistas) como comunistas. Após declarar guerra ao Eixo (Alemanha, Itália e Japão, na Segunda Guerra Mundial), enviou brasileiros á Itália para o conflito. Os brasileiros colaboraram na derrota dos italianos e do regime de Mussolini.

Com a derrota de Hitler e Mussolini e o fim da Segunda Guerra, Vargas foi deposto, mas voltaria ao poder em 1951, desta vez, eleito pelo povo. Seu segundo governo foi marcado por medidas nacionalistas, que desagradaram os defensores do capital estrangeiro. Foi em seu segundo governo a criação da Petrobrás (1953). No entanto, mais pressão política estava por vir. Seu adversário Carlos Lacerda, em agosto de 1954, sofreu um atentado na Rua Toneleiros, no qual morreu o Major Rubem Florentino Vaz. Descobriu-se que Gregório Fortunato, chefe da guarda presidencial de Vargas, teria mandado matar o jornalista Lacerda. Muitos pressionavam pela renúncia de Vargas, que se matou com um tiro no coração. Seu mandato foi completado por Café Filho (vice-presidente), em seguida, Carlos Luz (presidente da Câmara) e Nereu Ramos (presidente do Senado).

Recentemente, em 2014, foi rodado um filme sobre Vargas, com Tony Ramos interpretando o ex-presidente. Até os dias de hoje, o legado de Vargas permanece atual, de modo que ele é reivindicado como exemplo de estadista, principalmente nos partidos PTB (que foi seu partido) e PDT (partido que viria de uma dissidência do PTB).

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