quinta-feira, 2 de maio de 2019

Polarização política: um grande mal do Brasil

Nos últimos anos, o Brasil tem vivido uma forte polarização política, entre "coxinhas e mortadelas", "direita e esquerda", "conservadores e comunistas". Durante algum tempo, essa polarização acontecia entre PT e PSDB, mas com a derrota do PSDB e o enfraquecimento deste partido, eis que o PSL surgiu para polarizar com os petistas, na eleição de 2018. Durante muito tempo, o PSDB era o partido preferido dos mais conservadores, mas acabariam mesmo se identificando com o PSL, com a entrada de Jair Bolsonaro no partido.

O presidente nacional do PSL é o deputado federal Luciano Bivar, de Pernambuco, mas a liderança maior é do presidente Jair Bolsonaro. Já no PT, quem é a presidente nacional é a deputada federal Gleisi Hoffman, do Paraná, mas quem dá as cartas mesmo é o ex-presidente Lula, que se encontra preso em Curitiba.

A polarização política atual entre esses dois partidos acabou enfraquecendo outros partidos, que possuem ideias mais centristas ou liberais. Infelizmente, quem não gosta e não apoia um é acusado - muitas vezes injustamente - de apoiar outro. Quem não apoia Bolsonaro é acusado de apoiar Lula ou vice-versa. Ignoram que no Brasil existem 35 partidos registrados, com ideologias e pensamentos diferentes. Existem aqueles partidos mais centristas, partidos mais de esquerda radical, existem os de esquerda moderada, os de centro-esquerda, os de centro-direita, os de direita moderada e os de direita radical. Os pensamentos não são os mesmos.

Existem indivíduos da esquerda - especialmente da parte de centro-esquerda - que não apoiam Lula nem o PT, alguns até votaram pela destituição de Dilma Rousseff da presidência e apoiaram Michel Temer no Governo Federal. Outros, de direita - ou centro-direita - não se identificaram com Jair Bolsonaro e alguns até chegaram a votar no PT, especialmente por não concordarem com o atual presidente (ex: José Maria Eymael, do PSDC). Existem até outros que não se sentindo representados pelos dois candidatos do segundo turno (Bolsonaro e Fernando Haddad, do PT), acabaram votando nulo ou branco, ou se abstiveram.

Mas a ignorância infelizmente toma conta de muitos, em achar que necessariamente se não é de um lado, é do outro. Alguns chegam até mesmo ao ponto absurdo de usar a passagem do livro do Apocalipse, que registra uma exigência de Jesus Cristo em que a pessoa tem que ser "frio ou quente", pois se for "morno", vomitará a pessoa da boca - ignoram eles que Jesus nessa passagem fala da vida espiritual, e não em partidos políticos.

Outros que não aprovam nenhum dos dois lados são acusados de "ser em cima do muro", quando infelizmente muitos ignoram que há uma grande diferença entre ser "em cima do muro" e "equilibrado". Se nenhum dos dois extremos representa a ideia que a pessoa defende, por que razão ela tem que aderir a um dos dois lados extremos, se temos muitas opções, e não apenas duas?

Por isso, é bom que se saiba: polarização política não é bom e empobrece o debate no Brasil. E tenha a consciência que existe os que apoiam Jair Messias Bolsonaro. Existem os que apoiam Luiz Inácio Lula da Silva. Mas também existem aqueles que não se identificam com nenhum dos dois e não apoia nenhum dos dois.






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