Em cidades com o mesmo tamanho ou menor que Limoeiro, é comum um mesmo candidato disputar várias eleições majoritárias, seja perdendo ou ganhando. Mas em Limoeiro, a situação é diferente: mesmo com uma rotação de grupos políticos aqui, as caras costumam ser diferentes. Para se ter uma ideia de comparação, Carpina, uma cidade um pouco maior, tem Joaquim Lapa novamente na disputa, sem contar a participação de Manuel Botafogo em quatro eleições diferentes.
Em Limoeiro, na atual disputa, apenas o prefeito Orlando Jorge e o vice Zé de Nena, que por sinal, disputam a reeleição, estão reeditando 2020. Uma chapa de 2020 está disputando vagas na Câmara de Vereadores e as outras duas não estão participando das eleições deste ano. Na atual disputa, apenas Daniel do Mercadinho tem sua primeira disputa majoritária, sendo que Orlando já disputou antes em 1996 (quando perdeu) e em 2020, quando foi eleito. Ainda se soma a ele uma disputa vitoriosa para vice em 2000. Isaac, por sua vez, já disputou a Prefeitura em 2012, mas não terminou a campanha: acabou desistindo da disputa. Foi também candidato a vice em 2008.
Dos atuais candidatos a vice, apenas Zé de Nena disputa novamente, sendo Mirella Duarte e Elias Marceneiro novatos. Um outro dado é que dos atuais seis candidatos majoritários, quatro têm passagem pela Câmara Municipal de Limoeiro. Daniel do Mercadinho é atualmente vereador pelo seu quarto mandato (desde 2009), e atual presidente da Casa. Orlando Jorge foi vereador entre 1993 e 1996, Zé de Nena foi vereador de 2013 a 2016 e Issac Manacés foi vereador por dois mandatos, de 2001 a 2008. Mirella e Elias jamais passaram pela Câmara.
Marcelo Motta, que ficou em segundo lugar na disputa de 2020, e seu então candidato a vice, João do Varanda, estão disputando vagas na Câmara de Vereadores, respectivamente, pelo Avante e PSB, curiosamente, fazendo parte da base política do atual prefeito candidato à reeleição que os derrotou naquele pleito.
Joãozinho, que era o prefeito e perdeu a reeleição, e seu vice, Luís Roberto, além de Rosejara Ramos e Clóvis Costa, que foi seu vice, estão fora de qualquer disputa eleitoral neste ano.
Quando passamos para 2016, apenas os candidatos à vice daquela eleição estão na atual disputa, ambos disputando mandato de vereador: o já citado Marcelo Motta e Zé Nilton, que por sinal, tenta a reeleição após a sua bem-sucedida volta à Casa Agripino de Almeida em 2020 após quatro anos sem mandato, depois da derrota para vice em 2016. Joãozinho e Thiago, que era o prefeito e foi derrotado naquele pleito, estão fora este ano de qualquer disputa eleitoral.
Já os candidatos majoritários de 2012, que por sinal, foram quatro candidatos a prefeito e quatro candidatos a vice, ironicamente, o único que disputa um mandato, e de prefeito, é Isaac Manacés, que desistiu da disputa naquele ano. Os que disputaram a Prefeitura e a vice naquele ano estão no momento, sem mandato, e apenas Isaac disputa um mandato eletivo atualmente. Ricardo Teobaldo, seu vice Thiago Cavalcanti, Joãozinho, seu candidato a vice Luís Carlos, Dr. Barbosa, seu candidato a vice Nilo Queiroz, além de Valdelice Viana, que foi a candidata a vice de Isaac, não estão disputando nenhum mandato eletivo.
Em relação à 2008, ironicamente, os que formaram a chapa vitoriosa estão fora, e os que formaram a chapa derrotada estão no páreo disputando algum mandato. O já citado Isaac foi candidato a vice do Dr. Zé Higino, que atualmente disputa a reeleição para vereador. Já Ricardo Teobaldo e Virgínia Aquino não estão disputando nenhum mandato eletivo.
2004 é a mais recente eleição onde todos os candidatos majoritários daquele pleito estão fora e não disputam nenhum mandato eletivo, sendo um deles já falecido, inclusive: Luís Raimundo, que foi o prefeito eleito daquele ano, tendo Virgínia Aquino como sua vice, e que como já foi citado acima, não participa de nenhuma disputa. Ricardo Teobaldo e seu então vice, Fernando Melo, não têm mandato e não disputam nenhum mandato eletivo.
Nas eleições de 2000, marcada pela primeira vez que um prefeito podia concorrer à reeleição, tivemos a presença de um ator das eleições deste ano de 2024: Orlando Jorge foi candidato a vice de Luís Heráclio, quatro anos após ser derrotado por ele. A outra chapa era formada por Ricardo Teobaldo e Dr. Matias como vice. Luís, Ricardo e Matias estão fora este ano.
1996 é a eleição mais antiga que contou com a presença de um candidato majoritário da atual eleição. Orlando Jorge foi candidato a prefeito, tendo Fernando Melo como vice, mas perderam para a chapa formada por Luís Heráclio e Paulo Siqueira (já falecido). Havia ainda uma terceira chapa, formada por José Quirino, ex-prefeito e Márcia Albuquerque como vice. Essa eleição, curiosamente, contou com a participação de um prefeito que seria eleito (Luís Heráclio), um ex-prefeito (José Quirino) e um futuro prefeito (Orlando Jorge, que seria eleito 24 anos depois).
Nestas sete eleições citadas (1996 a 2020), quem mais disputou foi Ricardo Teobaldo, que disputou quatro eleições, tendo vencido duas e perdido duas. Joãozinho vem logo em seguida, com três eleições disputadas, tendo vencido uma e perdido duas. Luís Heráclio disputou duas, tendo vencido as duas. Orlando Jorge também disputou duas - disputa a terceira este ano -, contando uma derrota e uma vitória. José Quirino, Luís Raimundo, Zé Higino, Dr. Barbosa, Thiago Cavalcanti, Marcelo Motta e Rosejara Ramos têm uma disputa cada, sendo que Isaac Manacés tem uma disputa, mas desistiu no meio dela. Valendo ressaltar também que alguns desses citados também disputaram eleições anteriores: José Quirino e Luís Heráclio, ambos em 1988, sendo o primeiro vitorioso.
Por fim, para se ter uma ideia de como a política em nossa cidade é uma caixinha de surpresas, o atual prefeito disputa atualmente a reeleição tendo como principal adversário um vereador que em 2020 estava no seu palanque, na época, contra um candidato a prefeito que agora é candidato a vereador pela sua base aliada.
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